• Carregando...

A juíza da 9.ª Vara Cível, Cristiane Tereza Willy Ferrari, concedeu ontem liminar afastando do cargo o presidente da Sercomtel, João Rezende. A decisão foi tomada em ação por improbidade administrativa movida pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público contra Rezende, acusado de ter vazado fotocópias de procedimentos de interceptações telefônicas feitas a pedido da Promotoria de Investigações Criminais (PIC).

No dia 1.º de outubro do ano passado, o detetive particular Paulo Rodrigues foi autuado em flagrante por porte ilegal de munição. Com ele, foram encontradas as fotocópias que teriam sido vazadas da Sercomtel.

Segundo o Ministério Público, dois dias antes, João Rezende teria determinado e acompanhado a extração de fotocópias desses documentos. Os promotores acreditam que o presidente da Sercomtel tenha repassado ao detetive esses documentos que, continham interceptação telefônica do prefeito Nedson Micheleti e de secretários municipais, entre outras pessoas.

Em seu despacho, a juíza considerou os indícios apresentados pelo MP suficientes para a concessão da liminar. "É bem verdade que, de plano, não há provas de que os documentos sigilosos apreendidos na posse do réu Paulo (detetive) tenham lhe sido repassados ou encaminhados pelo réu João ou através dele. Todavia, existem fundados e sérios indícios de que o réu João efetivamente tenha feito chegar às mãos do réu Paulo..."

João Rezende afirmou que só vai se manifestar a respeito da decisão judicial após ser notificado oficialmente pela Justiça. O prefeito Nedson Micheleti também preferiu não falar sobre o caso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]