O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), por maioria, cassou na sessão desta terça-feira, 22, o mandato de deputado federal de Júlio Campos (DEM), conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
O deputado foi condenado por arrecadação ilícita de recurso de campanha (caixa 2) e compra de votos nas eleições de 2010. Júlio teve mais de 72 mil votos. Ele também foi multado em 50 mil UFIRs e está inelegível pelos próximos oito anos.
Consta nos autos que a compra de votos era feita com vales no interior da empresa Empreendimentos Santa Laura S/A, da família Campos. Vales-compra e vales-abastecimento eram trocados no Supermercado Bom Gosto em Várzea Grande região metropolitana de Cuiabá, e no Posto América em Cuiabá.
Ainda de acordo com o MP, o mentor do esquema era o filho do deputado federal Júlio Campos, o candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, Júlio Campos Neto (DEM), que emitia os "vales em cartões de apresentação da empresa Empreendimentos Santa Laura, 2, sendo as despesas arcadas por J. D. Campos Neto Treinamento Empresarial".
Campos Neto assinava os cartões e informava o benefício que deveria ser concedido aos portadores, tanto pelo Posto América quanto pelo Supermercado Bom Gosto. As empresas emitiam as respectivas notas fiscais em nome da empresa Agropastoril Cedrobom Ltda., que também pertence a Campos Neto.
Sobre o caixa 2, consta nos autos da ação que Júlio Campos arrecadou o valor de R$ 2 milhões. A ação do MP foi proposta em 2010, mas ainda cabe recurso.
- Procuradoria pede cassação do registro de Garotinho
- Justiça Eleitoral suspende comercial estrelado por Tiririca
- TRE determina a cassação do diploma de Professor Galdino
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Em jogo ousado, Lula blinda ministros do PT e limita espaços do Centrão no governo