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O mundo jurídico comemora o centenário do magistrado que dedicou grande parte de seus 86 anos à vida pública e jurídica no Paraná. Manoel de Oliveira Franco Sobrinho foi além da atuação no Poder Judiciário e, durante sua trajetória, trabalhou como jornalista, escritor, advogado, magistrado e professor.

A procura pelo conhecimento tornou Manoel um homem múltiplo e profundo intelectual que buscava entender “as coisas do mundo”, como ele mesmo dizia. Em sua biografia Uma razão de Viver – A vida e os tempos de Manoel de Oliveira Franco Sobrinho, produzida pelo jornalista Roberto Muggiati e lançada este ano pela Editora Fórum, Manoel diz: “ Comecei a entender, pelo sentido da palavra, tudo aquilo que me cercava, a minha família, a minha escola, os meus amigos, a minha cidade, o meu país. Tomei sentido de onde estava vivendo e como estava vivendo”.

O curitibano vem de família tradicional composta por personalidades da história do Paraná, como João de Oliveira Franco (1890 a 1973) - que saiu em defesa da produção cafeeira paranaense na antiga capital federal (Rio de Janeiro) no início dos anos 1930, contra a proibição do plantio de café no Paraná, determinada pelo governo.

Como procurador-geral do Estado do Paraná em 1946, Manoel formulou uma política para valorizar a carreira dos promotores públicos. Na atuação enquanto juiz federal, constituiu a Comissão de Instalação da Justiça Federal, Seção Judiciária do Paraná. E ainda quando era estudante de direito, aos 17 anos, foi presidente do Centro Acadêmico de Direito, marcado por forte engajamento e luta política, e posteriormente ao tornar-se professor, foi homenageado na Universidade Federal do Paraná – e em faculdades na Argentina e Colômbia como professor emérito.

Em homenagem ao jurista, o Judiciário colocou seu nome para designar o prédio do Foro da Justiça Federal do Paraná, inaugurado em 2002, além do Fórum Eleitoral do município de Umuarama que também recebeu o nome do ilustre magistrado.

A atuação do magistrado aos estudos do direito ficou registrada em suas produções na Gazeta do Povo, em demais jornais de circulação nacional e também em livros de sua autoria. Em sua biografia, fica clara a atividade para promover questões relativas à constitucionalidade, contradições sociais e econômicas e educação. “Escrevo escravo de uma vontade inexplicável. Sinto vontade orgânica de falar, de dizer coisas, de me posicionar, de formar ideias; de criticar se possível; de mostrar aos outros o meu pensamento” articulava ele, como consta no site de seu instituto.

Serviço

O livro está sendo comercializado nas livrarias Saraiva e Curitiba ao valor de R$ 77

Colaborou: Beatriz Peccin

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