A Justiça Eleitoral abriu investigação para apurar o suposto pagamento de propina desviada da Petrobras através de doações legais a políticos durante a eleição. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente da UTC e apontado como coordenador do cartel das empreiteiras, Ricardo Pessoa, listou políticos que teriam recebido recursos ilícitos desviados da estatal. A Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral pediu à Justiça Federal autorização para interrogar Pessoa sobre as irregularidades.

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De acordo com a lista divulgada pela revista Veja e confirmada pelo O Globo na sexta-feira (26), os recursos teriam abastecidos as campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2014; do ex-presidente Lula em 2006; do atual ministro da Casa Civil Aloísio Mercadante ao governo de São Paulo em 2010; e mais cinco senadores e três deputados federais.

Entre os beneficiários da propina estariam o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; o ex-tesoureiro das campanhas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, José de Filippi, atual secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo; o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; o senador Aloysio Nunes, do PSDB, e o ex-senador Gim Argello, do PTB; o deputado do PSB Júlio Delgado; e o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da última campanha petista à Presidência.

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Nesta terça-feira (30), o juiz Sergio Moro encaminhou o pedido da Corregedoria ao Supremo Tribunal Federal (STF) que homologou a delação de Pessoa: “entende este Juízo que qualquer convocação de Ricardo Pessoa deve ser autorizada previamente pelo Supremo Tribunal Federal, uma vez que os termos ainda podem estar sob sigilo e a divulgação de detalhes pode eventualmente atrapalhar as investigações”.