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Aeroporto Afonso Pena

A operação-padrão não chegou a acontecer no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, nesta véspera de feriado. A informação é da assessoria de imprensa da Infraero. Mesmo assim, conforme a própria assessoria, os passageiros enfrentam movimento considerado acima do normal na fila do raio X. Por das 11h30, o movimento de pessoas no saguão era considerado dentro da média.

Ministro da Defesa diz que crise aérea acaba em março

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira (31), após audiência na Câmara dos Deputados, que espera o fim da crise aérea em março de 2008. "Eu marquei um prazo para mim mesmo: março. Março encerra o período de alta e começa o período de baixa. A partir de março, nós vamos ter o problema resolvido", disse em entrevista coletiva.

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A Justiça Federal considerou ilegal a operação-padrão feita por funcionários da Infraero nos principais aeroportos do país. A decisão determinou, a interrupção imediata da greve branca que causou filas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e ameaçava detonar uma nova crise no setor aéreo. No despacho, o juiz da 22ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, Enio Laercio Chappuis, também condenou o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) a pagar multa diária de R$ 10 mil pelos transtornos impostos aos passageiros durante o feriado de Finados.

Em ação civil pública apresentada para interromper a greve branca, o Ministério Público Federal de Brasília também pediu que a Justiça intimasse os acusados de liderar a operação-padrão. O documento foi assinado pelo procurador Wellington Divino Marques de Oliveira.

O governo acusa os aeroportuários de ignorar as tentativas de diálogo e o anúncio de que o acordo coletivo fechado pelo ex-presidente da Infraero José Carlos Pereira seria cumprido. A principal reivindicação da categoria era o reajuste de 6,5% nos salários, que segundo a estatal deve provocar um aumento de R$ 20 milhões ao ano em sua folha de pagamento.

Em protesto contra a Infraero, os funcionários aeroportuários dos terminais se recusavam a fazer horas extras e filas enormes começaram a se formar nos saguões dos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em Guarulhos, na véspera do feriadão prolongado de Finados.

Segundo o diretor do sindicato, Francisco Lemos, uma reunião foi marcada com presidente da Infraero, Sergio Galdenzi, na próxima segunda-feira, em Brasília. Na ocasião voltará para a mesa de discussão o pagamento de um bônus de Natal para a categoria. A gratificação é de 20 tíquetes de R$ 22 cada um. Lemos assegurou que, se a Infraero não pagar o bônus, a greve inicialmente marcada para meia-noite de terça-feira será deflagrada em todos os aeroportos por tempo indeterminado.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, não chegou a aderir ao movimento, segundo Lemos, porque no aeroporto os servidores fazem poucas horas extras. Os serviços que sofreram os efeitos da operação-padrão foram os de raio-x, de despacho de carga aérea e controle dos pátios e pistas dos aeroportos.

De acordo com o sindicalista, a Infraero tem um quadro pessoal de 10 mil trabalhadores e um déficit de 1.800 servidores, que vem sendo coberto com as horas extras. Segundo ele, como a empresa quer tirar um benefício dos trabalhadores, eles decidiram não fazer mais hora extra e cobrar a contratação de funcionários aprovados no último concurso para suprir a carência.

- Não somos obrigados a fazer as horas extras. Todo esse movimento por causa de R$ 440 - lamentou.

Até as 17h, 10,7% dos vôos tinham atrasos superiores a uma hora

Segundo boletim da Infraero divulgado na tarde desta quinta-feira, dos 1317 vôos programados até as 17h, 141 (10,7%) estavam atrasados em mais de uma hora e 90 (6,8%) tinham sido cancelados. No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, das 113 partidas previstas, 13 (11,5%) estavam atrasadas. Onze vôos foram cancelados. Em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Cumbica havia, até as 17h, 12 vôos atrasados (8,1% do total de 149); quatro tinham sido cancelados.

Infraero sugere evitar embarcar em horários de pico

O presidente da Infraero fez um apelo nesta quarta-feira para que os passageiros evitem escolher vôos em horários que costumam ficar mais congestionados até o carnaval de 2008. Sergio Galdenzi disse que uma decisão dos passageiros pode reduzir as filas nos aeroportos e os transtornos provocados pelos constantes atrasos em pousos e decolagens. Segundo Gaudenzi, o pedido foi motivado pelos problemas registrados no fim de semana do GP Brasil de Fórmula-1, em São Paulo, há quase 15 dias:

- Como nós falhamos na última vez porque não fizemos um comunicado antecipado, estamos tomando essa providência para que os problemas não se repitam. O que estamos pedindo é que os passageiros tenham atenção. Quem puder viajar quinta (hoje) e voltar na segunda, deve fazer essa opção.

Zuanazzi deixa a presidência da Anac e critica Jobim

Após meses de pressão, Milton Zuanazzi entregou sua carta de exoneração na tarde desta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, em mais de duas horas de entrevista coletiva, disse que está saindo porque tem divergências com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a quem acusou de não entender de aviação. Ele classificou de temerárias as ações de Jobim frente ao ministério e afirmou que o resultado de propostas como a de mais espaço entre poltronas dos aviões será o aumento de preços nas passagens.

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