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A justiça investiga se o prefeito reeleito de Pontal do Paraná, no litoral do Estado, trocou cestas básicas por votos, prática que é proibida por lei. Além de ser alvo da suspeita, a prefeitura teria apresentado, no processo de defesa, notas fiscais de uma empresa que não existe mais.

Cestas básicas foram apreendidas, por determinação do TRE, dez dias antes das eleições na cidade. Os produtos estavam alojados no carro da Secretaria de Educação e na sede da Secretaria de Ação Social do município.

A prefeitura alegou no processo de defesa que a distribuição das cestas faz parte de um projeto de ação social desenvolvido pelo município. No entanto, os documentos apresentados para justificar a compra dos alimentos estavam irregulares. As cestas foram compradas em um supermercado da cidade com notas frias de uma distribuidora de bebidas com sede em Curitiba, que não existe mais há cinco anos. Hoje, no local, funciona uma pet-shop.

O advogado do dono do supermercado confirmou que houve um erro, mas alega que a falha maior foi de quem aceitou as notas frias, e não de quem as emitiu.

O prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes, disse que não sabia que notas frias foram apresentadas como defesa, e reiterou que não houve a troca de votos por cestas básicas. "Nossas cestas foram entregues dentro de programas e isso é normal. A lei permite", comentou o prefeito.

Segundo a juíza Mariana Gusso, que está cuidando do caso, se a denúncia for comprovada, o prefeito pode ter o registro da candidatura cassado (o que o impediria de continuar no cargo no ano que vem).

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