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A Justiça de São Paulo determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de duas ONGs e sete empresas que teriam estreitas ligações com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), vários petistas e a gestão do partido na Prefeitura de São Paulo, segundo o Ministério Público de São Paulo, que solicitou a medida. O MPE suspeita que ocorreram triangulações para o desvio de pelo menos R$ 4 milhões da Prefeitura de São Paulo. A gestão de Marta teria contratado pelo menos duas fundações para serviços de consultoria, por notório saber, que no entanto repassariam os recursos das parcerias para ONGs ligadas à própria Marta e a profissionais petistas.

O promotor de Justiça Saad Mazloum, autor da ação cautelar que originou as quebras de sigilos, investiga a hipótese de ter ocorrido improbidade administrativa. No pedido para as quebras, feito dia 20, Mazloum argumentou que a militância político-partidária no PT funcionou como uma espécie de "credencial" para a prestação de serviços públicos, contratos sem licitação por se tratar de notória especialidade de fundações.

Segundo Mazloum, a maior parte de 11 contratos já investigados, que totalizam R$ 12,8 milhões, foram feitos por cinco secretarias municipais com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para a realização de serviços que acabaram repassados para pessoas e entidades ligadas ao PT. Há ainda pelos menos 25 contratos sob investigação. Outra entidade que firmou os contratos foi a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). Eles teriam subcontratado as duas ONGs (Instituto Florestan Fernandes e Sampa.Org), as sete empresas ou mesmo consultores ligados às ONGs e às empresas.

A ex-prefeita Marta Suplicy divulgou nota negando que tenha cometido irregularidades nas contratações.

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