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O ministro Gilberto Kassab (Cidades) negou nesta quarta (25) ser o articulador da criação do Partido Liberal, idealizado por aliados do ex-prefeito de São Paulo. O ministro, porém, não descarta no futuro uma eventual fusão da nova sigla com o PSD, seu partido, uma vez que admite que o PL será integrado por parte de seu grupo político.

Kassab afirma que o PL está sendo articulado por políticos que desejaram ingressar no PSD em 2012, mas acabaram recuando do projeto partidário e, agora, querem a criação de sua própria sigla. Aliados do ministro apresentaram na noite desta segunda (23) ao Tribunal Superior Eleitoral o pedido de recriação do Partido Liberal.

“São pessoas da maior parte dos Estados brasileiros que queriam ter entrado no PSD e não conseguiram. Então, estão formando o PL. Nós não temos nenhuma participação direta ou indireta. Mas é público que são pessoas próximas do PSD por conta dessa sua realidade”, afirmou.

Sobre a possível fusão entre PL e PSD, Kassab disse que são partidos “muito próximos”, mas que terão decisões tomadas com “autonomia” por cada um. “O PL terá sua identidade, suas decisões adotadas com autonomia, e não passam por mim. Eu sou de outro partido, sou do PSD”, afirmou.

Após participar de audiência no Senado, Kassab negou que a criação do PL tenha potencial para fragilizar o PMDB, apesar de peemedebistas insatisfeitos com a sigla estarem dispostos a migrar para o novo partido.

Lideranças peemedebistas e partidos de oposição irão recorrer à Justiça para tentar barrar a volta da legenda. Eles acusam o governo de agir nos bastidores em apoio a Kassab com o objetivo de esvaziar a oposição e o PMDB.

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O texto estabelece o tempo mínimo de cinco anos de existência para que as legendas possam se fundir. O objetivo central é evitar a criação de siglas para driblar a fidelidade partidária

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“O PSD e o PMDB são partidos parceiros, nos aliamos em diversos Estados do Brasil nas eleições do ano passado, acredito que em mais da metade dos Estados. Tenho respeito e amizade e os nossos dirigentes do PSD também com os principais líderes do PMDB. E continuará sendo assim.”

Kassab também disse que o PL não será um “PSD alternativo”, apesar de reunir “companheiros” do seu atual partido. “Não tem nada feito às escondidas. Eu não participo desse projeto”, afirmou.

O ministro disse que os idealizadores do PL tiveram a “decisão acertada” de pedir a criação da sigla antes da sanção da lei que limita o surgimento de novos partidos. “Se esperou até o último momento para reunir o maior número possível de assinaturas. Eu desejo boa sorte ao PL e aos partidos que estão sendo estruturados. E vão conviver com a lei, qualquer que seja ela, como foi com o PSD”, afirmou.

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