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O laudo apontando as causas do acidente que matou a aposentada Maria Rosa de Lima, de 61 anos, deve ficar pronto em dez dias. A vítima morreu depois de receber uma descarga elétrica ao atender o telefone , no município de São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo. O choque elétrico foi tão forte Maria Rosa sofreu, além de queimaduras, uma parada cardíaca. Outros vizinhos da vítima sofreram queimaduras na mesma hora, quando também atenderam o telefone.

De acordo com especialistas, em épocas de chuva é perigoso falar ao telefone, principalmente os fixos. Alexandre Piantini, do Instituto de Eletrotécnica e Energia, vinculado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, diz que o raio induz o surgimento de uma onda de alta tensão em redes telefônicas ou elétricas. Quando uma pessoa pega o telefone passa a fazer parte do circuito. A corrente elétrica pode circular do telefone para a terra através do corpo da pessoa.

- Se cai um raio próximo a uma rede telefônica, pode ser induzida uma alta tensão que se propaga através da linha e pode chegar à casa da pessoa. O ideal é não falar ao telefone durante as tempestades - aconselha Piantini.

- Os choques são comuns, mas morrer em razão de uma descarga elétrica ao atender o telefone é bem mais difícil. Um azar - comenta, referindo-se ao caso de Maria Rosa de Lima.

Piantini explica que outros eletrodomésticos também podem dar choque.

- Seguem o mesmo princípio de circuito. Mas existem dispositivos de segurança que protegem os aparelhos - salienta.

No momento em que a aposentada atendeu o telefone, vários outros aparelhos na cidade tocaram ao mesmo tempo. Segundo algumas testemunhas, não chovia na hora e o acidente pode ter ocorrido por causa da queda de uma árvore sobre fios de alta tensão. Tanto a Eletropaulo quanto a Telefônica investigam o que poderia ter causado a morte de Maria Rosa.

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