Marco Aurélio: fardo “pesado demais”.| Foto: Renato Araújo / ABr

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello defendeu nesta terça-feira (22) que o tribunal faça uma divisão entre os integrantes da corte para a análise dos eventuais braços do esquema de corrupção da Petrobras. Segundo o ministro, “não devemos deixar nas costas de um único colega esse fardo [análise da Lava Jato], que é um fardo muito pesado”.

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Conforme informou nesta terça a Folha de S.Paulo, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, vai apresentar um ofício à presidência para que parte da operação referente ao setor elétrico seja redistribuída para outro ministro.

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Decisão semelhante foi tomada recentemente quando Teori devolveu ao comando do Supremo parte de provas contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por não ver relação com os desvios d]a estatal.

A medida tem incomodado e preocupado integrantes da força-tarefa da Lava Jato que tocam as investigações no Paraná. Nesta segunda (21), o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que essa divisão “pode significar o fim da Lava Jato tal qual a conhecemos”.

Para Marco Aurélio, a medida seria uma racionalização dos trabalhos e até mesmo para organizar o próprio colegiado.

“Temos que impor a racionalização dos trabalhos. A distribuição é algo democrático porque é feita mediante computador para ter-se um relator, e o relator simplesmente procede ao estudo do processo, apresenta ao colegiado um resumo para que os integrantes do colegiado possam se pronunciar tanto quanto possível”, afirmou o ministro afinal de uma palestra para universitários em Brasília.