Coletiva de imprensa sobre a 29ª fase da Operação Lava Jato| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Foragido desde segunda-feira (23), o empresário Humberto do Amaral Carrilho se entregou na tarde desta quinta (26) à Polícia Federal em Curitiba. Ele teve a prisão temporária decretada pelo juiz Sergio Moro no âmbito das investigações da 29ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Repescagem”. Carrilho é suspeito de ter pago propina de cerca de R$ 1,3 milhão por contratos negociados com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

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O empresário do ramo de combustíveis no Nordeste estava no exterior no dia em que foi deflagrada a 29ª fase da operação. A defesa dele informou às autoridades policiais na ocasião que seu cliente se entregaria assim que retornasse ao país.

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Carrilho ficará preso por cinco dias, quando Moro decidirá se ele será soltou ou terá a prisão preventiva decretada. O empresário chegou à sede da PF em Curitiba por volta das 15h30, prestou depoimento e foi levado para a cela.

Em delação premiada, Paulo Roberto Costa disse que Carrilho, dono da empresa Distribuidora Equador, o procurou, entre 2008 e 2009, com um projeto de construção de um Terminal de Derivados no Rio Amazonas, em Itacotiara.

De acordo com Costa, o projeto foi aceito, e a empresa foi contratada pela Petrobras, sem licitação, pois se tratava de exclusividade. O ex-diretor da Petrobras disse que, em virtude desta intermediação, o dono da empresa pagou valores ao declarante até fevereiro de 2014. A suposta propina foi repassada por meio contratos falsos de prestação de serviços através da empresa Costa Global – usada pelo ex-diretor da Petrobras para receber propina de diversos agentes investigados na Lava Jato.