O legista Carlos Delmont, que examinou o corpo de Celso Daniel, afirmou em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida nesse domingo que o prefeito de Santo André (região do ABC) foi torturado antes de ser assassinado em janeiro de 2002.

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- Houve tiros de esculacho (disparos no chão para intimidar a vítima), queimadura causada por pistola 9 mm, disparos dados no rosto e na cara. Esses dados permitem o diagnóstico de tortura.

Segundo o médico, os ferimentos encontrados em Daniel não são compatíveis com a tese de crime comum.

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- No seqüestro, quando há tortura, a tortura é diferente. É um constrangimento de outra forma.

Para os promotores que investigam o caso, Celso Daniel teria sido torturado para entregar um suposto dossiê com denúncias de corrupção na Prefeitura de Santo André. A cueca do lado avesso que o prefeito vestia quando foi achado morto também significaria, segundo o legista, que Celso Daniel era tido como traidor.

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