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Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara dos Deputados | Reinaldo Ferrigno/Câmara dos Deputados
Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara dos Deputados| Foto: Reinaldo Ferrigno/Câmara dos Deputados

Líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e um dos principais articuladores do "Blocão" dos insatisfeitos com o Palácio do Planalto, Eduardo Cunha (RJ) usou as redes sociais para questionar a manutenção da aliança com o PT na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff e atacar o presidente nacional petista, deputado Rui Falcão (SP). Preocupado com a proporção da rebelião na base aliada no Congresso e o reflexo disso em ano eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Brasília hoje exclusivamente para conversar com a presidente Dilma.

Em sua página no Twitter, o peemedebista disse que seu partido não é respeitado pelo PT e que, dessa forma, começa a achar "boa a ideia de antecipar a convenção do PMDB". "A cada dia que passo me convenço mais que temos de repensar esta aliança, porque não somos respeitados pelo PT", escreveu.

Dos Estados Unidos, onde passa alguns dias do recesso de carnaval, Cunha deixou claro o tamanho de sua insatisfação com a condução da reforma ministerial e não poupou críticas ao presidente nacional do PT. "A bancada do PMDB na Câmara já decidiu que não indicará qualquer nome para substituir ministros. Pode ficar tudo para o Rui Falcão", ironizou.

Cunha também disse que Falcão age de "má-fé" ao propagar a versão de que a ala ligada ao deputado esteja negociando a liberação de emendas parlamentares para destrancar a pauta de votações da Câmara. "Não me compare com o que o partido dele fazia no Rio de Janeiro, doido atrás de boquinhas. Aliás, por onde passa o Rui Falcão, mais difícil fica a aliança", disse. O parlamentar avisou que levará o assunto para a reunião da bancada, marcada para o retorno do recesso, em 11 de março.

O líder do PMDB avisou ainda que manterá a posição contra o relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) sobre o Marco Civil da Internet, um dos projetos que trancam a pauta da Câmara. O PMDB não aceita o tratamento dado pelo relator na questão da neutralidade da rede e na exigência de instalação de centros de dados no país. "Com relação ao projeto do Marco Civil, queremos votar para destrancar a pauta, mas votaremos contra o projeto. Queremos internet livre de governo", disse.

O presidente do PT não foi encontrado para comentar as declarações de Cunha.

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