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Após declarar apoio ao petista Arlindo Chinaglia (SP), o líder do PSDB, deputado Jutahy Magalhães (BA), saiu em defesa nesta quarta-feira do deputado Gustavo Fruet (PSDB-SP), lançado na véspera como candidato alternativo à presidência da Câmara. Em entrevista à Rádio CBN, Jutahy informou que vai trabalhar em torno da unidade do partido, que volta a reunir a bancada no próximo dia 23, na tentativa de chegar a um consenso.

- Eu não tenho dúvida que nós devemos defender a candidatura de Gustavo Fruet. É um fato novo, é de nosso partido. Não faz sentido nós ficarmos contra uma candidatura do PSBD. É um fato muito relevante e que terá muito peso na decisão de nossa bancada. Tenho convicção que pode ser um fator de unidade e uma solução para todo este impasse que está acontecendo - afirmou o líder tucano, que não economizou elogios a Fruet:

- Eu acho que ele representa muito bem o nosso partido, atuou nesses quatro anos com muita consistência, ganhou visibilidade, teve uma votação extraordinária no Paraná. Vejo com muita simpatia sua disposição de ser candidato.

Logo após o anúncio da candidatura de Fruet, Jutahy disse que telefonou para Chinaglia.

- Disse a ele que era um fato novo, uma candidatura que tinha respaldo pelas questões políticas e afetivas. Falei o que representava dentro do PSDB e que era muito difícil que nós tivéssemos uma posição diferente na nossa bancada. A partir deste telefonema, me sinto liberado para me manifestar - contou.

Indagado sobre a adesão inicial à candidatura do petista, Jutahy explicou:

- No momento em que apoiamos Chinaglia, tínhamos duas candidaturas da base do governo. Tínhamos que defender um critério, o da proporcionalidade era o mais razoável.

A campanha de Chinaglia avalia, no entanto, que a candidatura de Fruet não contará com adesão expressiva do seu próprio partido.

- Não há como mexer no eixo político da nossa candidatura - disse Chinaglia a jornalistas, refutando a idéia de que haverá recuo da bancada tucana. - Trabalho para vencer no primeiro turno, mas não tenho presunção de afirmar o que vai acontecer, acrescentou.

Com a escolha do nome tucano, a candidatura alternativa perde o apoio do PSOL, que manteve sua decisão de não apoiar nenhum candidato do PSDB na disputa com Chinaglia, e o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O PSOL tem atualmente uma bancada de sete deputados. O grupo que defende a terceira via conta agora com deputados de PMDB, PSDB, PV, PSB e PPS.

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