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Humberto Costa (PT-PE) é o atual líder do PT no Senado | Agência Senado/Waldemir Barreto/Arquivo
Humberto Costa (PT-PE) é o atual líder do PT no Senado| Foto: Agência Senado/Waldemir Barreto/Arquivo

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu neste domingo (23) a acusação de que teria recebido R$ 1 milhão do esquema de fraudes envolvendo a Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Em nota divulgada à imprensa, o petista afirma que "nega veementemente ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao Paulo Roberto Costa", delator do esquema de corrupção e ex-diretor de Abastecimento da estatal.

Costa disse que aguarda com "tranquilidade" manifestação da Procuradoria-Geral da República que correm em sigilo sobre as autoridades investigadas e informou que está "à disposição de todos os órgãos de investigação afetos a esse caso para quaisquer esclarecimentos e, antecipadamente, disponibiliza a abertura dos sigilos bancário, fiscal e telefônico".

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo deste domingo, Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento à Justiça que o líder do PT no Senado recebeu R$ 1 milhão do esquema.

De acordo com o jornal, a citação foi feita em depoimento sigiloso que integra a delação premiada assinada pelo ex-diretor, por meio da qual ele espera ter sua pena reduzida.

O jornal afirma que, segundo Paulo Roberto, o dinheiro a Costa foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra).

Paulo Roberto teria dito que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP. Segundo o jornal, o ex-diretor não soube informar como ocorreu o repasse, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento.

"Tal denúncia padece de consistência quando afirma que a suposta doação à campanha teria sido determinada pelo Partido Progressista (PP) por não haver qualquer razão que justificasse o apoio financeiro de outro partido à minha campanha", afirmou.

E completou: "Mais inverossímil ainda é a versão de que se Paulo Roberto não tivesse autorizado tal doação, correria o risco de ser demitido, como se eu, à época sem mandato e tão somente candidato a uma vaga ao Senado, tivesse poder de causar a demissão de um diretor da Petrobras".

O petista afirmou que "causa espécie o fato de que ao afirmar a existência de tal doação, Paulo Roberto não apresente qualquer prova, não sabendo dizer a origem do dinheiro, quem fez a doação, de que maneira e quem teria recebido".

O senador admite que conheceu o ex-diretor em 2004 e que a relação sempre foi institucional, no processo de implantação da refinaria de petróleo em Pernambuco.

Segundo o líder, todas as suas doações de campanha em 2010 foram devidamente registradas e informadas à Justiça Eleitoral. O congressista afirma que tem uma relação de amizade com o empresário Mário Beltrão, mas "em nenhum momento eu o pedi e ele muito menos exerceu o papel de solicitar recursos a Paulo Roberto para a campanha ao Senado de 2010".

"Tenho uma vida pública pautada pela honradez e seriedade, não respondendo a qualquer ação criminal, civil ou administrativa por atos realizados ao longo de minha vida pública. Sou defensor da apuração de todas as denúncias que envolvam a Petrobrás ou qualquer outro órgão do governo. Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas".

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