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Principais lideranças do PMDB na Bahia, o ex-ministro da Integração Nacional e atual vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, e seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima, afirmam estar sendo vítimas de escutas telefônicas ilegais na Bahia.

Geddel recebeu a informação de que ele e o irmão estavam sendo "grampeados" na quarta-feira. Segundo Lúcio, a informação partiu de uma fonte de dentro da Secretaria de Segurança Pública.

No dia seguinte, o ex-ministro postou, em sua conta no Twitter: "Senhor secretário de Segurança Pública, o senhor é jovem, mas se lembra do escândalo dos grampos telefônicos na Bahia. Cuidado outro agora vai ser ainda mais devastador. O senhor sabe do que estou falando."

Geddel referia-se ao escândalo dos grampos telefônicos ilegais que foi descoberto pela Polícia Federal em 2003, depois de uma denúncia feita, segundo Geddel, pela mesma fonte.

A acusação do ex-ministro, de que um novo esquema de escutas ilegais estaria funcionando no Estado, sacudiu a política baiana. A SSP rapidamente negou o que chamou de "insinuações" de Geddel. "Não insinuei, compartilhei informação", rebateu o ex-ministro, pelo Twitter, na sexta-feira. "Surpresa seria se eles confirmassem. Vou pedir à PF que investigue."

O governador também desqualificou as acusações, chamando-as de "tentativa de bate-boca". "O ministro não precisa ter trauma, porque quem o grampeou não está no governo", disse. "Comando um governo respeitador da lei."

A resposta de Wagner provocou reação de Geddel, que apontou para o vice-governador, Otto Alencar (PSD). Ele era o vice de Borges quando as escutas ilegais foram feitas e havia assumido o governo quando o escândalo dos grampos chegou ao auge - Borges havia se afastado para disputar uma vaga ao Senado.

Otto, presidente do recém-criado PSD na Bahia, rebateu fortemente a acusação. Disse que as denúncias são fruto de "falta de compostura e de equilíbrio emocional" de Geddel, que o ex-ministro está "inconformado" por seu partido ter perdido três deputados estaduais para o PSD e que as denúncias são "coisa política".

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