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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta terça-feira (11) que está se "criando um consenso" para que a Casa coloque em votação uma proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto na análise de cassações de mandatos de deputados e senadores. Uma proposta nestes termos foi aprovada no ano passado pelo Senado. Segundo Eduardo Alves, há resistências de líderes para que seja colocada analisada uma proposta que institui o voto aberto no Congresso.

Nos bastidores, parlamentares admitem que temem sofrer retaliações em caso de voto pela derrubada de veto presidencial ou até mesmo se uma indicação do Executivo para a ocupação de cargos for barrada."Todos [os líderes] entenderam que abrir para tudo não haveria votos majoritários na Casa. A questão do veto [presidencial] é discutível se não é melhor o voto secreto, que dá mais liberdade para o parlamentar", disse.

A PEC do voto aberto para cassações deve ser aprovada na tarde de hoje pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Na sequência, será submetida a uma comissão especial e depois precisa ser aprovada em dois turnos pelo plenário.

A expectativa é votar até julho a matéria, antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17. "Está se criando um consenso de que vá à votação uma PEC do voto aberto apenas para perda de mandato. Deverá ser votada hoje na CCJ, se criar rapidamente a comissão especial para rapidamente se dar parecer e, se possível, até o recesso nós pautarmos."

Ao todo, o Congresso conta com 28 votações. Além dos casos de perda de mandato, são secretas as votações para indicação de autoridades do governo federal, autarquias, embaixadores ou tribunais superiores, vetos presidenciais e casos como exoneração do procurador-geral da República.

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