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A campanha do senador Lindbergh Farias (PT) prepara estratégia para tentar separar o que chamam de "legado petista" no governo Sérgio Cabral das críticas à gestão peemedebista no Rio. O objetivo é fugir da imagem de "sócio" da administração, usada pelo PMDB para minar as críticas do PT ao governo estadual. Os petistas saíram do governo na semana passada, após sete anos a frente de duas secretarias.

O PT veiculou na quitna-feira (6) as primeiras inserções após sair do governo do qual participou por sete anos. Nos vídeos, Lindbergh critica a "maquiagem" feita pelo governo estadual. Em outro vídeo, afirma que "não se pode jogar fora tudo o que foi feito, mas não se pode continuar fazendo errado".

A intenção é dar uma cara de oposição à candidatura do PT, mas mantendo compromissos com programas estaduais considerados bem avaliados, como a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

O objetivo da coordenação da campanha é colar ao governo Cabral a imagem de que governou prioritariamente para os ricos. "O que tem que mudar são as linhas gerais do governo. A prioridade tem que ser o povo trabalhador", disse Lindbergh.

Para isso, terá que defender as ações da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, que teve três secretários petistas desde 2007. O partido quer divulgar a implantação do programa Renda Melhor, que complementa o Bolsa Família, como um projeto petista. Mas vai afirmar que sua atuação dentro do governo teve limites. "Governar para os mais pobres não é através de uma secretaria, mas sim ter isso como eixo central. E o PT não participou do eixo central do governo", afirmou o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, escolhido coordenador da campanha do senador. Também defenderão o trabalho do deputado e ex-ministro Carlos Minc a frente da secretaria do Ambiente. Ele participou de caravana com Lindbergh no último fim de semana.

O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, não quis comentar as inserções já veiculadas. "Não vi os vídeos." Um deles afirma que a "maquiagem feita nos últimos anos" está acabando. Lindbergh cita problemas no sistema de transportes e falta de água. "Essas críticas não são novas. O Rio viveu nesse início do ano um colapso nos serviços públicos. Além do problema dos trens, houve falta d'água na Baixada Fluminense", disse o senador.

Em outro vídeo, afirma que o Estado deveria ampliar o metrô para a Baixada Fluminense e São Gonçalo. O governo está construindo agora uma expansão para a Barra da Tijuca, área de classe média da capital. A campanha petista também pretende mostrar que boa parte das obras no Estado tiveram apoio do governo federal, sob administração do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.

Lindbergh vai lançar a candidatura com uma série de processos contra a sua administração em Nova Iguaçu, entre 2005 e 2010, por supostas fraudes em licitação. O senador afirma que foi vítima de uma "fábrica de inquéritos" durante a gestão por suposta influência política.

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