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O desembargador federal Edgard Lippmann Júnior anunciou ontem que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a punição imposta a ele pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suposta venda de sentença. O conselho anunciou na segunda-feira que Lippmann, integrante do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, será aposentado compulsoriamente. Essa é a pena máxima a que magistrados podem ser submetidos em processos administrativos.

Os comentários do desembargador foram feitos ontem por meio de nota enviada à imprensa. Lippmann disse ter recebido "com profundo sentimento de indignação" a sentença do CNJ. Segundo desembargador, que fez carreira em Foz do Iguaçu e em Curitiba, os conselheiros do CNJ ignoraram provas apresentadas pela sua defesa.

O processo que levou à punição de Lippmann é referente a uma suposta venda de sentença para uma casa de bingo de Curitiba. O desembargador responde a um processo criminal em razão da mesma denúncia. A ação corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Lippmann diz acreditar que a perícia feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) em suas contas bancárias mostra que o principal argumento usado para comprovar sua culpa era falso. O desembargador foi considerado culpado, em boa medida, em função de movimentação financeira considerada acima de seu padrão econômico, de acordo com o CNJ. No entanto, Lippmann diz que os documentos analisados desmentem essa tese.

A reportagem tentou contato por telefone com Lippmann durante toda a tarde de ontem, mas não obteve sucesso.

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