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O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se entregou na tarde dessa terça-feira (18), por volta das 17h, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O lobista chegou em um taxi, e, por volta das 20h deixou a carceragem, supostamente para realizar exame de corpo de delito.

Acusado por delatores de cobrar propina de obras na Petrobras para o PMDB, ele era procurado pela polícia desde a operação que resultou na prisão de uma dezena de envolvidos na semana passada.

Desde a última sexta-feira (14), ele estava escondido em São Paulo. Baiano é suspeito de ser o elo entre PMDB e esquema de corrupção na Petrobras. Na segunda-feira (17), o advogado de Fernando Baiano, Mario de Oliveira Filho, disse que seu cliente é usado como "bode expiatório" da operação Lava Jato.

Segundo ele, seu cliente vem colaborando com as investigações e sua prisão "não tem sentido". "Ele vinha colaborando, estava intimado, se apresentou espontaneamente duas vezes por petição, forneceu o endereço, aceitou intimação por telefone, o que não existe, abriu mão da carta precatória para ser ouvido no Rio de Janeiro, marcou audiência para amanhã e mandaram prendê-lo. Não tem sentido", afirmou.

O advogado entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), mas o pedido foi negado pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto. "É de se observar que os depoimentos de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef são convergentes em apontar o paciente [Fernando Soares] como um dos operadores do esquema criminoso de cartelização e distribuição de propina no seio da maior estatal brasileira", diz um trecho da decisão. O desembargador aponta, ainda, que "há fundadas razões de autoria ou participação do indiciado no esquema criminoso".

Dentre os 25 alvos da operação que tiveram prisão decretada na última sexta, apenas Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), está foragido.

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