Três presos deixaram a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O lobista Fernando Moura (ligado ao ex-ministro José Dirceu), Flávio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira, sócios da construtora Credencial, foram transferidos na manhã desta sexta-feira (29) da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana da capital.

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O pedido partiu do delegado da PF, Igor Romário de Paula, e foi acatado integralmente pelo juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância. Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem.

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No documento, o delegado afirmou também que, com as transferências, permanecerão na PF apenas os presos que fecharam acordo de delação premiada e os que estão prestando depoimentos.

“De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos”, afirmou Moro no despacho.

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Presos

Fernando Moura é o lobista que chegou a ser solto, mas foi preso novamente porque violou os termos da delação premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF).

Na 17ª fase da Lava Jato, os investigadores da força-tarefa encontraram irregularidades em contratos com empresas terceirizadas pela Petrobras, contratadas pela diretoria de Serviços, que pagavam uma prestação mensal para José Dirceu.

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Já os executivos Flávio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira, da Credencial, respondem pelos repasses de propina da construtora. O MPF aponta a empresa como sendo de fachada, que servia como intermediária para os beneficiários do esquema de corrupção na estatal.