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Positivo: aprovação de Lula pode beneficiar Dilma Rousseff em 2010
Levantamento de opinião feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo, revela que 67,3% dos eleitores paranaenses consideram o governo Lula ótimo ou bom; 22,6% acham que é regular e 7,6%, ruim ou péssimo.
A taxa de aprovação da gestão Lula estaria ligada ao aquecimento da economia, avalia Ricardo Oliveira, professor de ciência política na UFPR. "A retomada no final deste ano deve ter contribuído", observa.
A imagem de Lula é tão boa aos olhos dos paranaenses, que mesmo ele não podendo concorrer nas eleições de 2010, por já ter sido reeleito, é o mais citado na pesquisa espontânea quando não é dada aos entrevistados uma lista de candidatos para escolher (ou seja, ele cita um nome de cabeça). Na espontânea, 12,6% das pessoas ouvidas disseram que votariam nele para presidente no pleito do ano que vem; 7,4% afirmaram que escolheriam o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e 3,9%, a candidata petista. O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), foi o quarto mais lembrado, alcançando 1,7% das intenções de voto.
"O fato de o presidente Lula ter a maior porcentagem de intenção de votos mostra que a eleição está muito distante para o povo. Mas muito próxima para os políticos", analisa Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, citando a impossibilidade de uma nova reeleição de Lula.
O levantamento mostra ainda que, na percepção da maioria dos eleitores, o desempenho de Lula neste segundo mandato é igual ao da primeira gestão índice de 42,7%. A boa notícia para Lula é que 39,4% das pessoas ouvidas consideram a atual administração melhor que a dos quatro anos anteriores e apenas 15,6% consideram este governo pior que o primeiro.
Transferência
O grande desafio do presidente em 2010 no Paraná será tentar transferir a popularidade que tem com o eleitor paranaense para a candidata do PT Dilma Rousseff na disputa eleitoral para a Presidência.
A tarefa não será fácil, já que o desempenho de Dilma no estado é tímido quando comparado ao de José Serra. Em um cenário sem a presenção de Roberto Requião (PMDB), o governador paulista teria hoje quase três vezes mais votos que Dilma no Paraná 46,1%, enquanto a petista teria 17,4%. Apesar da diferença, o cientista político Ricardo Oliveira acredita que o potencial da ministra tende a crescer.
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