Insatisfeito com a proposta de reforma política em gestação no Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o coordenador dos trabalhos, deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), para uma conversa em São Paulo. Acompanhado do presidente nacional da sigla, deputado Rui Falcão (SP), Vaccarezza almoçou ontem com Lula e durante uma hora ouviu críticas a sua atuação. Reunida em São Paulo, a Executiva nacional do PT divulgou texto contrário à reforma liderada pelo petista.
A controvérsia começou logo após os protestos de junho, quando a presidente Dilma Rousseff enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para realização da reforma política. A sugestão foi rejeitada pelos parlamentares, mas o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou a criação de um grupo suprapartidário para discutir o assunto.
O PT queria que os trabalhos fossem coordenados pelo deputado Henrique Fontana (RS), último relator do projeto de reforma política discutido na Casa, mas Vaccarezza foi o escolhido do peemedebista, o que causou uma crise interna na bancada petista. Em seguida, Vaccarezza declarou que qualquer proposta de reforma não seria feita a tempo de valer para as eleições de 2014, como queria o PT e o Palácio do Planalto. Em conjunto com outros partidos, o PT chegou a coletar assinaturas para a aprovação de um decreto legislativo convocando o plebiscito, mas o assunto nunca foi à discussão no plenário da Câmara.
Cândido Vaccarezza negou ter levado uma bronca de Lula. "Quem disse que Lula me criticou por causa da reforma política mentiu", afirmou Vaccarezza. "Se eu fosse um fofoqueiro, até diria que ele me elogiou."
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