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Brasília (AG) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma das mais veementes defesas da política econômica adotada pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ao discursar na cerimônia de sanção da chamada MP do Bem, que prevê a redução de impostos em diversos setores da economia, especialmente os voltados à exportação.

Lula frisou que a política econômica evitou que o país sofresse qualquer tipo de "tsunami", ou crise, em meio a uma "enxurrada de denuncismo que atingiu o país". Segundo o presidente, "mesmo com esse clima de turbulência política" a economia está crescendo e os investidores estrangeiros ainda querem investir no Brasil.

"Que país e que governo cresceriam em 2005 subordinados a uma crise de denuncismo como a que estamos vivendo? Quem suportaria? Qual o interesse de um empresário alemão, venezuelano ou argentino se ele acessar a internet e vir o que está acontecendo no Brasil? Mesmo com a crise, com o denuncismo não provado, o dado é que a economia está funcionando e o país vai crescer", disse o presidente.

Palocci e a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, participaram da cerimônia. O ministro da Fazenda chegou quando o evento já tinha sido aberto, e acabou não ficando sentado ao lado da ministra. Ele acompanhou todo o discurso de Lula com uma feição séria e sem esboçar qualquer reação.

Ao mesmo tempo em que admitiu as divergências no governo, o presidente reclamou do que classificou de "intrigas". Disse que "muitos gostam de ver o circo pegar fogo e alimentar uma disputa que não existe", e afirmou que "nunca houve tanto espaço na República brasileira para que os ministros tenham pensamentos diferenciados".

Lula afirmou ter ficado "estarrecido" com o noticiário do dia seguinte a um discurso em que elogiou a ministra sem citar o nome de Palocci, o que deu margens à interpretação de que estaria dando munição a Dilma.

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