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O debate sobre a integração do Rio São Francisco às bacias do Nordeste não levará em conta a possibilidade de arquivamento, informou na noite desta quinta-feira o ministro Jaques Wagner, da Secretaria de Relações Institucionais. Essa, segundo ele, foi uma das observações feitas pelo presidente Lula durante reunião de duas horas com o bispo de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, que em setembro fez uma greve de fome durante 11 dias contra o projeto.

- Na audiência, o presidente estabeleceu o prolongamento do debate sobre a transposição, que já vem sendo feito pelo Ministério da Integração Nacional - confirmou Wagner. - Mas o presidente foi enfático ao dizer que se há uma concepção de que esse projetoa priorié rejeitado, não há nível de diálogo. Ele acredita no projeto e quer implementá-lo. O debate técnico está aberto, mas qualquer coisa em termos de arquivamento está descartada - acrescentou.

De acordo com o ministro, a dinâmica dos debates sobre o projeto será agora estabelecida pelo próprio religioso, juntamente com pesquisadores, movimentos sociais e demais interessados na discussão, sempre com o apoio do Ministério da Integração Nacional. Na primeira fase dos debates, cerca de 50 audiências públicas foram organizadas pelo ministério. O bispo considerou que essas audiências não aceitaram opiniões contrárias à obra.

O ministro Ciro Gomes participou da reunião de Cappio com o presidente Lula. De acordo com o presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Tomás Balduíno, Gomes falou durante meia hora sobre o projeto e deixou clara a intenção de levá-lo adiante.

- Dificilmente esse debate vai resultar em alguma modificação no projeto. O governo está determinado em fazer essas obras. O importante agora é apresentar alternativas que possam efetivamente levar água para quem precisa - avalia Balduíno.

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