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Atualizado em 28/04/2006 às 19h14

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, nesta sexta-feira, em São Paulo, o indiciamento do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, pela Polícia Civil, como "uma ação de trâmite normal dentro um processo em uma democracia". Palocci foi indiciado nesta quinta-feira por quatro crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato, devido a supostas irregularidades nos contratos com empreiteiras no período em que foi prefeito de Ribeirão Preto.

- O fato de alguém ser indiciado não prova que a pessoa é culpada, nem que a pessoa é inocente, prova que a pessoa tem agora que resolver o seu problema no Poder Judiciário. Essa é a tramitação normal de um país democrático - afirmou o presidente, ao visitar o Feirão da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal, na capital paulista.

Palocci foi indiciado antes de prestar depoimento, nesta quinta-feira, aos delegados Admar Brandão e Amarildo Fernandes, da Polícia Civil de Brasília . O ex-ministro foi interrogado a pedidodo delegado Benedito Antônio Valencise, da Polícia Civil de São Paulo, que está à frente de um inquérito que apura um suposto desvio de R$ 30 milhões em contratos de coleta de lixo da Prefeitura de Ribeirão Preto entre 2001 e 2002.

Segundo o promotor, Palocci negou qualquer vínculo com as supostas irregularidades. O ex-ministro disse no depoimento que o órgão encarregado da administração da limpeza urbana na cidade era uma instituição autônoma.

Na semana passada, a Polícia Federal, que já havia indiciado o ex-ministro também por quatro crimes, apontou Palocci como mandante da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa .

O delegado Rodrigo Carneiro Gomes, encarregado do inquérito que apura a violação do sigilo do caseiro, reuniu-se nesta quinta-feira pela manhã com técnicos da Receita Federal. No encontro, ficou acertado que os técnicos deverão entregar até o fim da semana que vem as informações necessárias para a Polícia Federal saber se houve ou não acesso aos dados fiscais de Francenildo antes da quebra de seu sigilo bancário na Caixa.

A PF está fazendo o levantamento a partir de pedido do procurador da República Gustavo Pessanha Veloso, que chegou a pedir a apreensão de computadores da Receita, mas a juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa, da 10ª Vara Federal de Brasília, achou melhor determinar que o levantamento seja feito em comum acordo entre a PF e os técnicos do fisco.

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