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São Paulo (Folhapress) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que os projetos desenvolvidos durante seu governo garantem o fornecimento da energia necessária ao país até "2009 ou 2010".

Com o crescimento econômico do país, alguns analistas já questionam se haverá energia suficiente dentro de poucos anos. Durante o programa de rádio "Café com o Presidente", Lula lembrou o apagão de 2001, ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso. Sem citar nomes, ele afirmou que a falta de energia na época causou "enormes prejuízos" e foi gerada por "desleixo".

Para o presidente, provas do "desleixo" são a não-construção de novas hidrelétricas "durante muito tempo" e a falta de interligação entre as linhas de transmissão de energia.

O presidente lembrou que em seu governo foram construídos 9.627 quilômetros de linhas de transmissão e que outro leilão a ser realizado nesta quinta-feira vai envolver outros 3.422 quilômetros. Concluídos esses projetos, que consumirão um total de R$ 8 bilhões, todo o sistema de energia brasileiro estará interligado.

"Então, quando tiver excesso de energia no Norte do país, você pode transferir a energia para outra região. Quando tiver excesso de energia aqui no Centro-Oeste, você pode transferir essa energia, por causa das linhas de transmissão que nós fizemos, para outras regiões do país, evitando assim que ocorra um novo apagão."

O presidente também informou que há 15 hidrelétricas e duas termelétricas em construção e que haverá um novo leilão de energia em dezembro.

"Com os projetos que estamos fazendo e com o que já foi feito, estamos garantidos pelo menos até 2009, 2010. E com os projetos que estão em andamento, nós pretendemos garantir sempre por cinco, seis, até dez anos à frente, para que a gente não corra nenhum risco na produção de energia no nosso país."

Leilões

No leilão de linhas de transmissão que ocorre na próxima quinta, serão disputadas concessões para sete lotes com 21 linhas de transmissão e oito subestações localizadas em sete estados (Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul) e no Distrito Federal.

Os novos empreendimentos irão reforçar e ampliar a rede básica de transmissão de energia com aproximadamente 3 mil quilômetros novos de linhas que deverão entrar em operação no prazo máximo de 24 meses após a assinatura dos contratos.

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