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Empresa de laranjas de Renan teria mais rádios em Alagoas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, da Nicarágua, rapidez no processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL). "Ou o Senado julga, ou a PF investiga, ou a Suprema Corte julga, porque tudo tem de ter começo, meio e fim. Acho que está chegando a hora de ter um fim", disse.

Ao chegar ao Congresso na tarde de quarta-feira (8), Renan demonstrou tranqüilidade com a quebra de seus sigilos fiscal e bancário, fez questão de dizer que é amigo do presidente Lula, de quem recebeu ligação de apoio na noite de terça-feira, e contra-atacou ao informar que pediu ao MP que invetigue o Grupo Abril, proprietário da revista "Veja", que tem feito seguidas denúncias contra ele.

Numa espécie de recado ao presidente da República, que nesta terça disse que poderia pedir ao Senado para não deixar os processos contra Renan atrapalharem a vida da Casa, o senador disse ter certeza de que Lula "não cobraria nada do Senado" porque cada um chefia um poder. "As coisas estão muito bem. Eu vou demonstrando com documentos e não discurso as provas contrárias a essas maledicências que disseram contra mim. O presidente Lula telefonou ontem à noite (terça). Mais do que uma relação política, tenho uma relação de amizade pessoal. Ele é meu amigo e não iria cobrar nada do Senado federal. Ele chefia um poder e eu chefio outro", disse.

O presidente do Senado informou que encaminhou na terça-feira ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, um ofício em que solicita a abertura de processo para investigar a existência de "crime ou infração de ordem econômica" na venda da TVA, empresa da Abril Comunicações S/A, para empresas estrangeiras.

A atitude de Renan é uma reação às seguidas denúncias da revista "Veja", da Editora Abril, contra ele, entre elas a de que o peemedebista teve contas pessoais pagas por um lobista.

No documento entregue ao Ministério Público, Renan anexou um parecer de Plínio de Aguiar Júnior, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que apontaria problemas na venda da TVA.

Quanto à sua situação, Renan, que teve seus sigilos fiscal e bancário qubrados, disse que está tranqüilo, apesar de estar sendo submetido a uma verdadeira devassa, e que vai provar sua inocência. Disse ainda que não teme ser investigado e que chegou a hora de abrir outros sigilos. Além da ligação de Lula, Renan disse que já recebeu a visita do presidente do PMDB, Michel Temer, e do ministro da Defesa, Nelson Jobim

"É uma oportunidade de provar a minha inocência. Estou tranqüilo. Já fiz a prova contrária. Abri os sigilos de minhas declarações de imposto de renda, agora chegou a hora de abrir os demais sigilos. As pessoas perguntam onde busco forças e digo que a minha força é do tamanho da minha inocência. Estou sendo submetido a uma devassa, outras pessoas talvez submetidas a essa devassa que estou sendo submetido não agüentariam nem dois dias (...) Eu não temo absolutamente por nada. Só temo a Deus. E vou fazer de tudo para demonstrar que a verdade está comigo. Não há uma só prova, não há uma só aspa, sou inocente", afirmou.

O presidente do Senado disse que o STF e o Conselho de Ética poderão dar nomes aos culpados e mostrar à sociedade com quem está a verdade, evitando o "noticiário esquizofrênico". "Para haver uma investigação correta processualmente, recomendavel, é importante que as informações venham à baila. O Supremo Tribunal Federal e o Conselho de Ética são lugares importantes para que essa investigação se faça e a sociedade saiba com quem está a verdade. O que não pode é a sociedade ficar perdida num noticiário esquizofrênico, onde quem é vítima passa a ser culpado e quem é culpado passa a ser vítima. Isso é um absurdo!", protestou.Relator do caso Schincariol no Conselho dever ser designado nesta quinta

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), pretende designar até quarta-feira o relator da representação do PSOL que pede que Renan Calheiros seja investigado por supostamente ter feito lobby para a cervejaria Schincariol. Quintanilha está gostando do trabalho do trio de senadores que relata a outra representação que investiga se um lobista pagou a pensão alimentícia da filha que Renan tem com a jornalista Mônica Veloso, mas considera melhor escolher outro relator para não prejudicar o trabalho dos três senadores.

Dessa vez, Quintanilha deve designar apenas um relator para o caso porque há outras representações chegando no Conselho de Ética (duas contra Renan e uma contra o senador Gim Argello (PMDB-DF), suplente de Joaquiim Roriz), e o Conselho não teria senadores suficientes para tantas relatorias conjuntas. Ele garantiu, porém, que as novas representações não vão prejudicar o trabalho do trio de senadores. "Eu não creio que vá atrasar o trabalho do Conselho de Ética. Não há nenhuma questão pendente", afirmou.

Quintanilha disse ainda que a Polícia Federal solicitou de 60 a 80 documentos, que já estão sendo providenciados, o que pode atrasar a conclusão da perícia nos documentos de Renan.

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