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Surge no caso Celso Daniel, morto em janeiro de 2002, uma segunda testemunha que afirma ter visto Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, interagir com os criminosos que seqüestraram o então prefeito de Santo André. A testemunha foi ouvida nesta quinta-feira no Fórum Criminal da Barra Funda e afirmou ter visto Sombra falando com os bandidos do lado de fora do carro.

Celso Daniel foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002 na Rua Antonio Bezerra, na zona sul, conhecida como rua dos 'três tombos', depois de ter jantado com Sombra num restaurante da Alameda Santos, na região da Avenida Paulista. Dois dias depois, Celso Daniel foi encontrado morto numa estrada de Juquitiba, a 78 km da capital paulista, com sete tiros. Sombra estava no mesmo carro que Celso Daniel, que foi cercado pelos seqüestradores, mas foi deixado no local. Acusado de ter planejado e facilitado a morte, Sombra chegou a ser preso, mas foi libertado pela Justiça.

- Temos um segundo testemunho, absolutamente contundente, no sentido de que o Sérgio interagiu com bandidos. É um depoimento novo. Ela não tinha dito isso, só agora em juízo mencionou - disse o promotor Amaro José Tomé.

A primeira testemunha a afirmar que Sombra chegou a conversar com os bandidos do lado de fora do carro, enquanto Celso Daniel era dominado, é uma mulher, que está sob proteção da Justiça e era, até agora, a principal testemunha do caso.

O advogado de Sombra, Adriano Vani, afirmou que as testemunhas não viram o que ocorreu durante a abordagem dos bandidos e só teriam visto depois dos tiros, quando os bandidos já tinham ido embora. Outras duas testemunhas foram ouvidas nesta quinta-feira no Fórum da Barra Funda, mas não acrescentaram novidades ao caso. Resta ainda ouvir mais três testemunhas de acusação.

Para os promotores da cidade de Santo André, a morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, está associada a um esquema de corrupção usado para arrecadar dinheiro para campanhas do PT.

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