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A Mangueira e a Viradouro foram as escolas favoritas do público na primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, deste domingo (18), no Sambódromo. As escolas ganharam 9,5 na média das notas dadas pelos telespectadores em votação realizada pela TV Globo (a votação não influencia no resultado final do carnaval).

Com Preta Gil no posto de rainha da bateria, a verde-e-rosa "viajou" até a Semana de Arte Moderna. Já a Unidos do Viradouro transformou a avenida em um grande tabuleiro, com direito a ritmistas desfilando sobre um carro alegórico, além de dados e cartas de baralho por todos os lados. À frente da bateria da Viradouro, a atriz Juliana Paes.

Estácio de Sá

Depois de passar nove anos no Grupo de Acesso, a Estácio de Sá entrou na avenida pedindo um minuto de silêncio por João Hélio, o menino de 6 anos assassinado no dia 7 de fevereiro em um bairro do subúrbio carioca, arrastado por um carro - fato que comoveu o país. A Estácio abriu o desfile deste domingo na Sapucaí por volta das 21h10, dando início à maratona que seguiu madrugada adentro no Rio de Janeiro.

Com 3.190 componentes divididos em 32 alas e sete carros alegóricos, a escola levantou o público nas arquibancadas, com muitas pessoas cantando o refrão "Que tititi é esse que vem da Sapucaí?". Kléber Bambam, da primeira edição do programa "Big Brother", desfilou no abre-alas.

Império Serrano

Segunda escola a se apresentar na Sapucaí, a Império Serrano entrou oficialmente na avenida às 22h33. A agremiação desfilou ao som do samba-enredo "Ser diferente é ser normal. O Império Serrano faz a diferença no carnaval", inspirado em Noel Rosa e Albert Einstein. Reunindo 3.800 componentes na avenida, o Império convidou Quitéria Chagas para ser a rainha da bateria. O desfile da escola – que este ano completa 60 anos de existência - terminou homenageando Arthur Bispo do Rosário, propondo um questionamento: existe limite entre a loucura e a razão?

Mangueira

A Estação Primeira de Mangueira entrou na Sapucaí à meia-noite para apresentar o samba "Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor". Como de costume, as arquibancadas ganharam tons de verde e rosa: a agremiação distribuiu bandeirinhas para os foliões, que fizeram questão de agitá-las ao som do refrão "vem no vira da Mangueira, vem sambar".

Com Preta Gil fazendo sua estréia como rainha da bateria e a comissão de frente comandada pelo coreógrafo Carlinhos de Jesus, a verde-e-rosa levou à Sapucaí uma representação tridimensional do "Abaporu", obra da pintora modernista Tarsila do Amaral.

Depois de 37 anos defendendo a Mangueira, a cantora Beth Carvalho foi expulsa do carro dos Baluartes, onde vinham 22 pessoas notáveis da escola e cinco imortais da Academia Brasileira de Letras. O desentendimento com um diretor da escola aconteceu no momento em que a cantora estava subindo no carro. Após o episódio, a sambista declarou que vai ficar um bom tempo fora dos desfiles – Beth deixou a pista do sambódromo chorando.

Viradouro

A avenida virou um grande tabuleiro quando a Viradouro, quarta escola a desfilar, entrou à 1h30 da manhã. Entoando o enredo "A Viradouro vira o jogo", a escola reuniu 3.300 componentes divididos em 31 alas e 8 alegorias. Cartas de baralho e dados dominaram a Sapucaí. A bela Juliana Paes esteva à frente da bateria da escola, levando ao delírio os marmanjos da arquibancada.

Juliana e todos os ritmistas da bateria desfilaram em cima de um carro alegórico com o formato de um tabuleiro de xadrez. A alegoria trazia três carros acoplados, somando 39 metros de comprimento. Na hora de entrar no recuo, os ritmistas desceram sob os aplausos e gritos da arquibancada. Apesar de uma certa correria ao fim do desfile, a Unidos do Viradouro, considerada uma das favoritas do carnaval deste ano, foi a escola que arrancou o mais alto coro de "é campeã" das arquibancadas populares do Sambódromo.

Mocidade

A quinta escola a desfilar pelo Grupo Especial neste domingo (18) foi a Mocidade Independente de Padre Miguel, que, antes mesmo de começar o esquenta da bateria, fez uma homenagem ao menino João Hélio. A rainha de bateria Janaína Barbosa e a musa da escola, Tathiana Pagung, entraram na área da concentração e exibiram uma faixa para o público do Setor 1, com os dizeres: "A G.R.E.S Mocidade Independente de Padre Miguel se sensibiliza pela perda de João Hélio e pede justiça". O público aplaudiu.

A escola homenageou o artesanato com o enredo "O futuro do pretérito: uma história feita à mão". Apesar da simplicidade por conta do tema, a escola não deixou de lado a modernidade, uma de suas principais marcas.

Vila Isabel

A Vila Isabel foi a última a desfilar na madrugada buscando o bicampeonato. Entoando o enredo "Metamorfoses: do reino natural à corte popular do carnaval - As transformações da vida", do carnavalesco Cid Carvalho, a escola reuniu 3.400 componentes divididos em 16 alas e oito alegorias.

Viviane Araújo, que desfilou como rainha de bateria da Mancha Verde em São Paulo, veio à frente da ala das baianas. A rainha de bateria foi Adriana Perett. O carro mais comentado da escola foi o que simbolizava a passagem da Idade Média para o Renascimento. A alegoria era inspirada numa catedral e passou por uma transformação.

Num primeiro momento, esteve colorida por luzes vermelhas e vitrais. Depois, foi iluminada pela cor azul e apareceu cheia de painéis de pinturas clássicas, como a Monalisa, de Leonardo da Vinci.

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