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O estudioso: O engajamento político do curitibano Diego Baptista ultrapassa os limites da coordenação da ONG Sociedade Global, que atua no desenvolvimento de jovens profissionais. Baptista soma no currículo dois mestrados, uma especialização e uma graduação, todos relacionados à sociedade e à política. “Como cidadão e profissional, precisava usar meus conhecimentos, talentos e energia para melhorar a qualidade de vida de onde vivo e trabalhar para o bem comum”, diz. O jovem avalia que os movimentos sociais e políticos passam por um momento de transformação no Brasil, mas que ainda há muito que superar | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
O estudioso: O engajamento político do curitibano Diego Baptista ultrapassa os limites da coordenação da ONG Sociedade Global, que atua no desenvolvimento de jovens profissionais. Baptista soma no currículo dois mestrados, uma especialização e uma graduação, todos relacionados à sociedade e à política. “Como cidadão e profissional, precisava usar meus conhecimentos, talentos e energia para melhorar a qualidade de vida de onde vivo e trabalhar para o bem comum”, diz. O jovem avalia que os movimentos sociais e políticos passam por um momento de transformação no Brasil, mas que ainda há muito que superar| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
  • A voluntária: A jornalista Aline Vonsovicz, que hoje atua na gestão de comunicação do Centro de Ação Voluntária (CAV), diz que faz trabalho voluntário desde antes de saber o que a expressão significava. Em 2011, uma tragédia fez com que ela e a família se tornassem ainda mais engajados.
  • O ativista:
  • O engajado: Desde que se aposentou, há dez anos, o curitibano Oswaldo Aranha tem se dedicado a um trabalho pouco habitual entre os moradores da cidade: o de associações de bairro. O levantamento do Paraná Pesquisas mostra que 8,5% dos entrevistados participam desses grupos. Para Oswaldo, que já presidiu a associações de moradores do Jardim Social e continua atuando no grupo, um dos papeis do cidadão é garantir melhores condições de vida para si mesmo e para o próximo.

Os protestos de junho do ano passado, que levaram milhares de pessoas às ruas de Curitiba, incentivaram o protagonismo político dos cidadãos da capital. É o que aponta um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas encomendado pela Gazeta do Povo e que compara o interesse e a atuação política de eleitores da cidade neste ano em relação a 2013.

INFOGRÁFICO: Interesse e atuação do curitibano na política cresceram em relação ao ano passado

O impacto maior foi justamente na participação em protestos: em 2013, 5% dos entrevistados participaram de alguma manifestação; em 2014, esse porcentual subiu para 10%. O jovem Luan de Rosa e Souza é um dos exemplos dessa mudança. Ativista de direitos humanos e de educação política há pouco mais de dois anos, ele considera os movimentos do ano passado como um marco. "Ultrapassamos um limiar de como se pensar e fazer política", diz.

"A pesquisa [de 2013] foi feita antes das manifestações. De lá pra cá houve uma mudança de pensamento no país. Podemos dizer que vivemos outro país, muito longe do ideal, mas mudado, principalmente sobre a questão da participação política", afirma o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. Para ele, essa diferença em relação ao levantamento do ano passado ajuda a explicar outros dados da pesquisa.

Curitibanos que estão fazendo a sua parte

Não foi só nas ruas que a participação aumentou: no ano passado, 13% dos moradores da capital disseram fazer algum trabalho voluntário. Neste ano, o índice subiu para 17%. O mesmo crescimento é percebido nas associações de bairro, em organizações não governamentais e em audiências públicas. Na soma, o porcentual de pessoas que participaram de alguma dessas atividades subiu de 45% para 63%.

É o caso da jornalista Aline Vonsovicz, que atua como voluntária na gestão e comunicação das redes sociais e do site do Centro de Ação Voluntária (CAV). "Eu tenho o dom de escrever, de comunicar, por que não usar o meu dom para isso?", diz. Segundo Alcione Andrade, que coordena as palestras "O que é ser voluntário?", no CAV, semanalmente cerca de 30 novas pessoas procuram o centro interessadas em atividades voluntárias – número que tem aumentado.

Interesse

Conforme a pesquisa, o interesse político do curitibano também passou por mudanças. Apesar de quase 60% dos entrevistados admitirem não se interessar por política, o porcentual de pessoas que lê noticiários sobre o assunto subiu de 47% para 58%. A fiscalização sobre os políticos também cresceu. Enquanto em 2013 pouco mais da metade dos moradores da cidade disse que, além de votar, acompanhava o trabalho dos políticos de alguma maneira, em 2014 esse índice saltou para 70%.

O eleitor curitibano também tem acompanhado mais o desempenho dos políticos durante o mandato eletivo. Praticamente todos os porcentuais de consulta de informações sobre a atividade dos parlamentares – seja no site da Câmara de Curitiba, da Assembleia Legislativa, da Câmara ou do Senado Federal – aumentaram no último ano. "A participação política ainda tem se mostrado mais forte na fiscalização do que na atuação", avalia Hidalgo.

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