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Em quase toda a Bolívia, a reação é de apoio à nacionalização imposta por Evo Morales. Menos nas cidades que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul.

Os bolivianos da fronteira já estavam muito irritados com Evo por causa da expulsão da siderúrgica brasileira EBX, que estava sendo construída em Porto Soares e geraria seis mil empregos na região. Agora, estão mais desanimados ainda porque temem que o gesto hostil do presidente possa expulsar as empresas estrangeiras que estão na Bolívia e ainda iniba novos investimentos.

Os protestos crescem e ganham força a cada dia. Há bloqueios em várias estradas da região e há rumores de que tropas vindas de Santa Cruz de La Sierra podem chegar a qualquer momento para acabar com a manifestação. Por isso, os manifestantes estão em vigília durante toda a noite.

Dezesseis cidades próximas à fronteira com o Brasil estão paradas por causa da greve geral. O protesto contra a decisão de Evo Morales de expulsar a siderúrgica brasileira EBX da região ainda está longe do fim.

O comércio fechou. Ruas antes cheias de turistas agora parecem um deserto. Os aeroportos não funcionam e os trens carregados com combustível e soja estão impedidos de sair da estação pelos grevistas. Em alguns postos, já está faltando combustível.

Em porto Quijarro, os manifestantes também não concordaram com a nacionalização do petróleo e do gás natural anunciada nesta segunda-feira por Morales. Eles temem que empresas estrangeiras deixem a Bolívia e que o desemprego aumente.

- O governo deveria sentar e dialogar com um pouco mais de profissionalismo, com um pouco mais de critério, porque tomar decisão militarizando põe em jogo não só a posição de empresas que já estão afetadas, mas também as empresas que poderiam vir ao país no futuro - disse à reportagem um comerciante.

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