• Carregando...

Os manifestantes que ocupam o prédio do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília desde quarta-feira começam a deixar o órgão na noite desta quinta.

Segundo os militantes, depois de um dia de negociações com o Incra, 75% das reivindicações foram atendidas. Entre elas, a liberação de mais profissionais da área de assistência técnica para atuar nos assentamentos e um acordo para recadastrar 1,8 mil famílias que querem ser assentadas no Distrito Federal (DF).

- Faltou discutir a questão de áreas de fazenda para assentar famílias que já estão acampadas - explicou o militante Ronaldo Fabiano do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Ele conta que o movimento reivindica a desapropriação de 40 fazendas improdutivas na região do DF e Entorno. O tema deve voltar a ser negociado na próxima quarta-feira.

Do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Wilnean de Melo, que participou da manifestação, disse que o órgão também "sinalizou com avanços" no que diz respeito à criação de uma linha de crédito para habitação mas não adiantou detalhes.

O superintendente do Incra em Brasília, Herbert Lima, não foi encontrado para comentar as negociações. De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, uma liminar concedida na quarta pela Justiça do DF garante a reintegração de posse. A determinação só será executada se os militantes não deixarem o prédio até sexta-feira.

Cerca de 400 pessoas ligadas ao MTD, MST e Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MATR) participaram da ocupação, segundo cálculo das próprias entidades. É a segunda vez este ano que movimentos ligados à reforma agrária ocupam a sede do Incra em Brasília.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]