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 | Foto: Marcello Casal/Ag. Brasil
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Cerca de 300 manifestantes realizam um protesto na noite desta quarta-feira (6), em frente à sede do Supremo Tribunal (STF), em Brasília, contra o presidente da Corte, Gilmar Mendes. O grupo - formado por representantes do PSOL, PDT, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), advogados e estudantes - pede a saída imediata do ministro.

Por volta das 20h, a Praça dos Três Poderes estava tomada por velas acesas pelo grupo "para iluminar a mente do Gilmar Mendes para ele sair do Supremo", como destaca um dos organizadores do protesto, o cientista político João Francisco Araújo. Segundo ele, foram acesas 5 mil velas ao longo da Praça, localizada em frente ao STF.

A segurança do local foi reforçada, inclusive com a colocação de grades que isolam os manifestantes do acesso ao prédio do Supremo. No STF, ocorre nesta noite uma solenidade de lançamento de um anuário da Justiça, de onde se ouve os gritos e o "apitaço" promovido pelo grupo.

"Gilmar Dantas, assim já é demais, saia às ruas e não volte nunca mais", gritam os manifestantes, em alusão ao fato de o presidente do STF ter concedido dois habeas corpus em julho do ano passado ao banqueiro Daniel Dantas, preso durante a Operação Satiagraha da Polícia Federal.

A manifestação ocorre duas semanas após Mendes e o ministro Joaquim Barbosa terem discutido asperamente em uma sessão plenária do STF. Na ocasião, Barbosa afirmou que o presidente do STF está "destruindo a Justiça deste país". Durante a discussão, ele também repreendeu Mendes, ao dizer que ele não estava "falando com os seus capangas de Mato Grosso". Em resposta, Mendes pediu respeito e encerrou a sessão.

"O ato não é a favor do ministro Joaquim Barbosa, mas é contra o ministro Gilmar Mendes, que está desmoralizando o Judiciário", disse Araújo. No último dia 24, o grupo já havia feito uma pequena manifestação em frente ao Supremo. Na ocasião, os manifestantes tentaram entregar manifesto a Mendes, mas saíram insatisfeitos após serem recebidos pelo secretário-geral do STF, Luciano Fuck.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do STF informou que Gilmar Mendes não irá se manifestar novamente sobre o assunto. Na manhã desta quarta, Mendes afirmou que "não se incomoda de nenhuma maneira" com os protestos. "A gente se qualifica na sociedade pelos amigos que se tem e inimigos que se cria", disse.

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