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Cerca de 500 pessoas estão reunidas na Marcha da Família com Deus hoje, na praça da República, em São Paulo. Eles deixam o local em passeata rumo à praça da Sé. Em um trio elétrico com faixas com os dizeres "FFAA [Forças Armadas] já", "Voto facultativo = liberdade" e "Comunismo é morte", organizadores fazem discursos de cunho nacionalista, exaltando os militares e criticando o atual governo petista, que associam ao comunismo.

Os participantes, em sua maioria, vestem roupas brancas, verdes e amarelas e levam a bandeira do país. Há faixas contrárias à desmilitarização da Polícia Militar e imagens religiosas. Uma estátua de Nossa Senhora de Fátima foi levantada no trio elétrico e um grupos de maçons fez discurso.

Houve algum tumulto quando manifestantes críticos à marcha gritaram contra os participantes do evento, mas eles foram rapidamente retirados da multidão pelos próprios participantes e isolados pela polícia. Um senhor de cerca de 60 anos saiu aos gritos de "fora, petista" e "um, dois, três, Lula no xadrez".Marcha contra a ditadura

Uma mulher teve que ser retirada pela polícia da Marcha Antigolpista Ditadura Nunca Mais, que ocorre na Praça da Sé, centro de São Paulo.

A mulher portava uma bandeira do Brasil, se aproximou do carro de som que guiava o ato e provocou manifestantes de partidos e coletivos de esquerda. "Também tenho o direito de me manifestar", gritava ela.

Manifestantes de esquerda retrucaram, chamando-a de fascista. "Vá para a [Praça da] República", gritaram os manifestantes, em referência a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, de caráter conservador, que ocorre simultaneamente à Marcha Antigolpista.

Apesar de sem agressões, houve confusão e policiais militares retiraram a mulher da praça. Um carro da PM saiu da praça em alta velocidade, levando a mulher. Manifestantes e jornalistas tiveram que desviar.

O ato na praça da Sé reúne partidos de esquerda, coletivos e sindicalistas.Segundo a PM, 900 policiais se dividem entre as duas marchas, ambas marcadas para o mesmo horário. "A ideia é manter o pacifismo nos dois atos, para que eles não se encontrem", afirma o capitão Fernando Ferreira Alves.

Para Alexandre Leão, 22, membro de um dos grupos que organiza a marcha na Sé, "os dois atos mostram que existe uma polarização clara na política de São Paulo, enquanto lá [na República] está reunida a extrema direita, nós chamamos a esquerda".

A Marcha da Família sai da Praça da República e vai até a Sé. A Antigolpista sai da Sé e segue até a Luz.

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