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Um dias após a sessão mais tensa do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello aumentou a polêmica e questionou nesta quinta-feira (27) as condições do colega Joaquim Barbosa presidir a Corte futuramente. Marco Aurélio disse que a condução de Barbosa à presidência, prevista para novembro com a aposentadoria do Carlos Ayres Britto, não é automática. Ele questiona a postura de Barbosa.

"Eu fico muito preocupado diante do que percebo no plenário. Eu sempre repito, o presidente é um coordenador, é um algodão entre cristais, não pode ser metal entre os cristais", disse Marco Aurélio.

Ele disse, no entanto, que não vê que a eleição esteja em risco. "Vamos aguardar novembro, é muito cedo. E afinal o voto até pela escolha do presidente e do vice do Supremo é um voto secreto. Há cédulas que são distribuídas e realmente nós temos a designação de um escrutinador e a proclamação de um resultado. Não é por aclamação", disse.

Na quarta, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, relator e revisor do caso, protagonizaram embates com troca de acusações, críticas ao trabalho do outro e comentários irônicos sobre análise de provas.

Barbosa chegou a dizer que os ministros não podiam fazer "vistas grossas" ao processo, provocando a reação de outros colegas.

Quando Lewandowski votava pela absolvição de um ex-dirigente do PTB, Barbosa disse que os ministros não podiam fazer "vistas grossas" aos autos.

Foi repreendido por Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e pelo presidente Carlos Ayres Britto. O primeiro criticou a "agressividade do relator", pediu para ele "policiar suas palavras" e respeitar o STF.

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