O PT rachou e forçou o favorito do partido na disputa pela presidência da Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), a desistir de sua candidatura em favor do atual vice-presidente da Casa, Marco Maia (RS). Foi a primeira crise antes mesmo da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff.
A desistência foi consequência da perda de apoio de Vaccarezza, líder do governo na Câmara e preferido de Dilma, nas bases da bancada. Os deputados estão insatisfeitos, entre outras coisas, com o "paulistério" em formação a supremacia de nomes do PT de São Paulo no novo ministério e no comando do partido. Uma ala do PT mineiro, por exemplo, se diz ressentida com o ministério.
Informada da desistência, a equipe de Dilma começou a atuar para adiar a decisão, mas no início da noite de ontem já dava como praticamente certa a indicação de Marco Maia como candidato do PT à presidência da Câmara no próximo ano. Em acordo com o PMDB, ficou acertado que o PT terá a presidência da Câmara em 2011 e 2012. Os peemedebistas presidirão a Casa no biênio 2013-2014.
A avaliação ontem entre assessores de Dilma é que o deputado gaúcho pode "ganhar a indicação, mas corre sério risco de perder a eleição". Isso porque ele não conta com o apoio dos principais líderes do partido, que teriam condições de costurar um acordo para garantir sua eleição.
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