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No máximo em três semanas o garoto Jhéck Breener de Oliveira, de 5 anos, voltará para a sua casa na periferia de Franca, cidade da região de Ribeirão Preto, a 410 quilômetros de São Paulo. O retorno ocorre pouco mais de um mês após o pai de Jhéck, Jeson de Oliveira, ter desistido de pedir na Justiça a eutanásia para o filho. O menino tem uma doença irreversível e degenerativa do sistema nervoso central e está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Unimed da cidade desde abril.

Segundo o médico Luiz Fernando Peixe, diretor do CTI Infantil do Hospital Unimed, não há mais nada o que fazer diante da doença. O menino toma medicamentos para evitar convulsão, continua com respiração mecânica (artificial) e se alimenta através de uma sonda. Jhéck já não fala, não movimenta as pernas e os braços e o médico que acompanha seu caso diz que "ele vive num estado semi-vegetativo, pois acredito, por suas reações com os olhos e expressões do rosto, que percebe o que ocorre ao seu redor".

A volta pra casa será possível depois da mãe do garoto, Rosemara dos Santos Souza, de 22 anos, ter lutado contra a eutanásia pretendida pelo pai. O caso ganhou repercussão nacional e, com isso, Rosemara recebeu doações que permitiram comprar uma pequena casa no Jardim Vera Cruz, periferia de Franca. Antes morava nos fundos de uma casa.

Além disso, a mãe de Jhéck conseguiu que a Secretaria Estadual de Saúde emprestasse um respirador mecânico, um concentrador de oxigênio, cama hospitalar, mascaras de oxigenação e aspirador de secreção. O médico Peixe diz que "agora serão feitas adaptações elétricas para que a casa esteja pronta para receber o Jhéck". Ele disse que o hospital continuará dando assistência ao garoto.

O médico programou um treinamento para a mãe ter condições de manter o tratamento que vem sendo oferecido no hospital. Para o médico, ela não terá dificuldades, porque passa pelo menos oito horas por dia com o filho na CTI.

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