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Duas pesquisas realizadas por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentam números positivos em relação ao consumo de cigarros no Brasil. Menos adolescentes fumam e o índice de consumo no país parou de crescer.

Um dos estudos no indica que houve queda no número de estudantes entre 12 e 18 anos que experimentaram cigarro: em 1997 eram 32,7%, caindo para 21,7% em 2004. Outro levantamento, feito em dez mil domicílios do país com a população de 12 a 65 anos, e que será divulgado no início de fevereiro, mostra que o consumo do produto se estabilizou nas 108 cidades pesquisadas, entre 2001 e 2005.

A primeira pesquisa foi realizada com estudantes na faixa etária de 12 a 18 anos matriculados em escolas públicas de dez capitais. Compara dados de 1997 (antes do fim da propaganda de cigarro), quando foram entrevistados 15.501 alunos, com os de 2004 quando foram ouvidos 21.712 estudantes.

Há dez anos, 32,7% dos pesquisados disseram já ter usado cigarro ao menos uma vez na vida, número que caiu para 21,7% em 2005. Essa queda foi observada em sete capitais: São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Belém. Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife não apresentaram melhora.

Já a outra pesquisa, inédita, que deve ser divulgada em fevereiro, denominada 2º Levantamento Domiciliar sobre uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, envolveu as 108 maiores cidades do país e revela que o uso de cigarros se estabilizou entre 2001 (ano do primeiro estudo) e 2005.

Dez mil pessoas, entre 12 e 65 anos, foram ouvidas em cada um dos levantamentos. Na primeira pesquisa, 41,1% declararam já ter feito uso de cigarro, número que passou para 44% no estudo seguinte. "Estatisticamente não há diferença, estando dentro da margem de erro da amostragem", justifica o Carlini, para quem os dados se estabilizaram.

O número dos que se declararam dependentes do fumo, segundo o professor, também se manteve estável, estatisticamente, pulando de 9% para 10,1%. "Isso indica que o consumo de cigarro no Brasil está estabilizado", conclui.

De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência de fumantes no país diminuiu de 32% em 1989 para 18,8% em 2003. O Brasil tem cerca de 35 milhões de fumantes. A maioria (90%) começou a fumar antes dos 19 anos.

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