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Presidenta Dilma Rousseff durante a 41ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no palácio Itamaraty | Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação
Presidenta Dilma Rousseff durante a 41ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no palácio Itamaraty| Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação

Já era hora do almoço e a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) se arrastava, quando três ministros se levantaram e caminharam em direção à porta. Mais rápido, o chefe da pasta de Minas e Energia, Edison Lobão, saiu. Já os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Saúde, Alexandre Padilha, não tiveram a mesma sorte.

A tentativa de debandada foi percebida pela presidente Dilma Rousseff, que ainda não havia discursado. Ela chamou um assessor e cochichou algo. Este saiu rápido como uma flecha e conseguiu alcançar Mercadante antes de ele chegar à porta. Os dois chamaram Padilha. Toda a movimentação ocorreu sob um olhar de falcão da presidente.

Padilha e Mercadante ficaram em pé, na lateral do salão, enquanto o assessor voltou a Dilma conversou com ela. Em seguida o auxiliar dirigiu-se aos ministros. Esses tentaram voltar às cadeiras da forma mais discreta possível, caminhando em etapas, e ficaram até o final da cerimônia. A presidente citou ambos em seu discurso, ao falar de como o governo tem procurado atender aos reclamos das ruas.

Após a reunião, questionado sobre por que tentara sair antes do fim, Padilha disse que ele e seu colega da Educação estavam deixando o salão para atender à imprensa, mas receberam orientação em contrário da Secretaria de Comunicação e voltaram. De fato, se eles dessem entrevista àquela hora, provavelmente disputariam as atenções dos jornalistas com o discurso de Dilma. Não é usual ocorrerem entrevistas coletivas durante eventos, e sim ao final deles.

A assessoria de Mercadante deu uma explicação diferente. Disse que ele tentara sair porque tinha um compromisso ao meio-dia, uma reunião interna no próprio ministério, e já estava atrasado. Mas, a pedido da presidente, ficou até o fim.

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