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Após a reunião com o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, realizada na noite desta segunda-feira (17) para discutir a votação do projeto do Marco Civil da Internet, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que as negociações em torno da matéria ainda não foram esgotadas mas garantiu que mesmo assim ele será aprovado nesta semana. "Esta é uma matéria muito relevante para o país, onde o Brasil sinaliza para o mundo um posicionamento extremamente importante no sentido de ter uma liberdade para a internet para os usuários", afirmou. De acordo com Ideli, a Câmara poderá analisar o projeto depois de na quarta-feira (19).

Além de Ideli, também estavam presentes na reunião o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o vice-presidente, Michel Temer, que tem sido escalado pelo governo para tentar controlar o aliado. A posição da ministra após a reunião foi divergente do que o conversado com líderes da base aliada do governo no Senado. Durante a tarde, Ideli afirmou aos senadores que só votaria o projeto se houvesse acordo e descartou qualquer tentativa de votação para esta semana.

A ministra garantiu que o governo não irá recuar e retirar a urgência do projeto porque o Brasil sediará uma conferência internacional sobre internet em abril. "Esta é uma matéria extremamente importante, tão importante que o Brasil vai sediar, em abril, uma conferência com vários chefes de Estado e por isso que nós entendemos que é um assunto relevante, complexo, mas de fundamental importância que possa evoluir e ter a sua aprovação na Câmara", explicou.

A ministra não detalhou quais pontos do projeto foram discutidos com Cunha durante a reunião. Ideli afirmou apenas que o governo não abrirá mão dos principais pontos do projeto, como a questão da neutralidade da rede, que é questionado por Cunha.

Segundo Cardozo, o governo continuará dialogando com o PMDB para acertar a votação. "Tivemos um diálogo muito importante e estaremos mantendo o diálogo não só com o PMDB mas com todos os partidos", disse.

Cunha foi chamado ao Palácio do Planalto depois de comandar uma revolta de aliados contra Dilma Rousseff, para negociar a votação do Marco Civil. O peemedebista é um dos principais opositores ao projeto, cuja relatoria é feita pelo PT.

Caso as negociações não avancem, o Planalto poderá ver mais uma derrota na Câmara. Na semana passada, os rebelados aprovaram a criação de comissão para acompanhar investigações sobre supostas irregularidades na Petrobras, além de chamar 10 dos 39 ministros para dar explicações ao Congresso.

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