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Quatro dos oito candidatos à prefeitura de Curitiba afirmaram ontem ser favoráveis à contratação de parentes na administração pública, desde que os familiares sejam competentes – o chamado "nepotismo esclarecido". O prefeito Beto Richa (PSDB), Carlos Moreira Júnior (PMDB), o deputado Fabio Camargo (PTB) e Lauro Rodrigues (PTdoB) entendem que, no caso de familiares com alto nível de competência, não deveria valer a proibição do nepotismo.

Beto Richa disse que é contra o favorecimento abusivo de familiares. "Sou contra o governante usar de suas prerrogativas para nomear parentes só para terem uma renda mensal. Isso é altamente reprovável", declarou o prefeito. Porém, segundo ele, quando são competentes, não haveria motivo para restringir o acesso a familiares. "Meu irmão (José Richa Filho) tem experiência comprovada. Foi diretor da Secretaria de Trânsito e trabalhou neste governo", disse. "E minha esposa (Fernanda Richa) é reconhecida pelo seu trabalho pela população carente. No meu caso, não houve favorecimento abusivo."

O prefeito disse, entretanto, que vai respeitar a decisão do STF caso seja reeleito. Richa afirmou ainda não saber se irá empregar parentes como secretários após as eleições (o que está permitido).

Fabio Camargo também não vê problemas de familiares serem empregados na administração pública, desde que façam um bom trabalho. Ele disse, porém, que não pretende empregar parentes se vencer as eleições.

Carlos Moreira Júnior (PMDB) afirmou que, em princípio, é contra o nepotismo. Mas disse haver a necessidade de se abrir exceções no caso de familiares altamente capacitados. "Veja o caso de Maurício Requião, que foi um excelente secretário (de Educação) e poderia trabalhar em qualquer governo." Moreira, contudo, afirmou que, se for eleito, não irá empregar parentes. Lauro Rodrigues tem opinião semelhante. Ele também afirmou que, se for eleito, não empregará familiares.

Contra

Quatro candidatos à prefeitura de Curitiba disseram ser contra o nepotismo: Bruno Meirinho (PSol), Gleisi Hoffmann (PT), Maurício Furtado (PV) e Ricardo Gomyde (PCdoB). Gleisi afirmou que a decisão do STF veio em boa hora. "Acho que não há justificativa para a contratação de parentes por autoridades públicas." Gomyde tem a mesma opinião. Meirinho acredita que nem nos casos de cargos políticos o nepotismo deveria ser permitido. Já Furtado entende que a súmula do STF foi adequada, ao liberar somente os cargos políticos para a contratação de parentes. Todos os quatro candidatos também afirmaram que não irão contratar familiares se forem eleitos. (RD)

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