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O ganhador da Mega-Sena brigava muito com a mulher antes de ser assassinado no domingo (7) em Rio Bonito (Baixada Litorânea do Rio), contou o advogado da mulher, Alexandre Dumans. Renné de Senna, de 54 anos, ganhou R$ 52 milhões em 2005 na loteria. O motivo das recentes discussões, segundo Dumans, seria a independência do milionário, depois que ele comprou um quadriciclo para se locomover. Ele estaria freqüentando mais o bar onde aconteceu o crime e esquecendo dos remédios para diabete que deveria tomar. Renné teve as duas pernas amputadas por causa da doença.

Segundo o advogado da cabeleireira Adriana de Almeida, de 29 anos, o milionário teria deixado 50% de todos os seus bens para a mulher. Ele disse também que Renné teria uma filha que não gostava muito da relação entre o milionário e sua cliente. Adriana e Renné não eram casados, mas viviam juntos havia cerca de um ano com mais três filhos dela, de um casamento anterior de Adriana. Segundo Dumans, Renné era apaixonado por ela. Prova disso - ele argumenta - seria o fato de a fazenda em que viviam estar no nome dela.

Dumans acredita em latrocínio, que é o roubo seguido de morte. A tese contraria a opinião do delegado da 119ª DP (Rio Bonito), Ademir de Oliveira, que investiga o caso. Oliveira explica que o milionário recebeu cinco tiros buscar, quatro no rosto e um na nuca, o que caracterizaria execução.

Já o advogado de Adriana Almeida crê que, pelo fato de o ex-açougueiro estar usando um quadriciclo, ele teria chamado atenção dos bandidos, que roubaram-no e, em seguida, assassinaram-no. Dumans admitiu que teve pouco contato com Adriana, só a conhecendo no domingo, ainda no necrotério, para onde foi levado o corpo de Renné.

Depoimentos

O delegado Ademar de Oliveira contou que vai começar a ouvir a família, parentes e amigos do ganhador da Mega-Sena nesta terça (9). Até o momento, ele só ouviu Luiz Penco, o dono do bar onde o crime aconteceu. Oliveira disse que os dois homens entraram no bar e foram direto em cima de Renné. Fizeram os disparos e roubaram a pochete do milionário, sem levar relógio nem anel. Os assassinos, segundo o delegado, estariam vestindo uma jaqueta preta e capacetes com visores escuros, saíram em uma moto, também preta, e sem placa. Oliveira argumenta que as roupas escolhidas dos criminosos insinuariam que os dois seriam facilmente identificáveis.

Oliveira disse que pediu apoio à Delegacia de Homicídios e três inspetores vão ajudá-lo no caso. Segundo o delegado, a região é tranqüila, sendo registrado apenas quatro ocorrências por dia, a maioria por furtos e lesões. Homicídio é raro.

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