Os cinco militares acusados da morte do ex-deputado Rubens Paiva entraram com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular as ações penais a que respondem na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Eles alegam que não podem ser punidos por causa da Lei da Anistia (6.683/1979), cuja abrangência, segundo eles, alcança os crimes cometidos durante o período da ditadura no Brasil.

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Os militares reformados recorreram ao Supremo para contestar a decisão Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que rejeitou outro pedido de trancamento da ação penal. Na liminar, os advogados pedem também a suspensão das audiências das ações penais, marcadas para os dias 7, 8 e 9 de outubro, até que o Supremo decida novamente sobre a validade da Lei da Anista. "A medida evitaria também o desgaste físico e emocional a que seriam expostos os arguentes nessas audiências – alguns septuagenários e com graves problemas de saúde – que se veriam expostos a todo tipo de especulação pelos segmentos político-sociais que costumam acompanhar o desenrolar da causa, muitos movidos por interesses inconfessáveis", afirmam os advogados.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), José Antônio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos, Jurandyr Ochsendorf e Jacy Ochsendorf são acusados de envolvimento na morte de Rubens Paiva, em janeiro de 1971, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Exército, no Rio de Janeiro.

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Em 2010, no julgamento da primeira ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a lei, o Supremo manteve a validade da anistia a torturadores.

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