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O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes criticou nesta quinta-feira a operação tapa-buracos nas estradas federais. Segundo ele, em muitos casos não era preciso fazer a obra em caráter emergencial, o que permite dispensar licitação.

- O dinheiro aplicado na operação tapa-buracos foi literalmente jogado na sarjeta - disse Augusto Nardes, destacando que o trabalho feito foi superficial.

Em maio, uma primeira fiscalização do órgão constatara que metade dos 103 trechos de rodovias federais que passaram pela operação tinam irregularidades, como falta de contratos e projetos. Quase um ano depois da operação, os técnicos do TCU realizaram uma nova fiscalização. Em uma amostra de 10% de rodovias beneficiadas com o tapa-buracos, eles verificaram que após as chuvas quatro estradas tinham problemas novamente. O Tribunal informou a localização de duas delas - BR-330 na Bahia e BR-020 em Goiás. Os contratos das duas rodovias custaram R$ 2,6 milhões cada um.

O ministro defendeu ainda a capacitação e profissionalização das agências reguladoras do setor de transportes. Para Nardes, a fiscalização da Operação Tapa-buracos não é feita de forma correta. O ministro concedeu entrevista para falar sobre o seminário "Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes no Brasil - Perspectivas e Desafios", que será realizado pelo TCU nos dias 28 e 29.

Em janeiro, o presidente do TCU Adylson Motta, já criticara iniciativa do governo de dispensar licitações na contratação de empresas para a operação tapa-buracos em 26.500 quilômetros de estradas, ao custo total de R$ 440 milhões.

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