A sessão desta quinta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF) estava inicialmente dedicada à discussão sobre se autoridades podem ser punidas em ações de improbidade administrativa, mas foi transformada em uma coletânea de ataques ao Ministério Público.
Exaltado, o ministro Gilmar Mendes iniciou um debate sobre o uso político das ações de improbidade e desferiu críticas contundentes à atuação de procuradores. Citou especialmente os procuradores Guilherme Schelb, Luiz Francisco de Souza e Walquíria Quixadá. E chamou de "escandalosa" a ação proposta em dezembro passado pelos procuradores Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula Silva contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
- Raul Jungmann foi acusado escandalosamente em uma ação de improbidade no primeiro grau. Há uso político notório nessa caso. Por que o procurador-geral (da República) não propôs um inquérito criminal ao STF? Também nem preciso falar das histórias de Guilherme Schelb e Luiz Francisco. Nem preciso falar da dona Walquíria Quixadá - indignou-se Gilmar Mendes.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, participava da sessão plenária e poderia ter pedido a palavra para defender a categoria, mas ficou calado diante das afirmações do ministro. A decisão sobre a abrangência da ação por improbidade administrativa, que aguarda uma posição do STF desde 2002, foi mais uma vez adiada. Dessa vez, por um pedido de vista do ministro Eros Grau.
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