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O juiz federal Sergio Moro determinou, nesta quarta-feira (2) a soltura da funcionária da empreiteira Odebrecht Maria Lúcia Guimarães Tavares, presa desde o último dia 22 de fevereiro, na deflagração da 23ª fase da operação Lava Jato. Nesta etapa, também foram presos o publicitário João Santana e sua esposa, Monica Moura.

A prisão de Maria Lúcia, de caráter temporário – com duração de cinco dias –, já havia sido prorrogada por Moro pelo período de mais cinco dias, a pedido da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). No despacho desta quarta, o juiz destaca que “apesar da aparente gravidade dos fatos”, a decretação de uma prisão preventiva seria desproporcional.

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“Apesar da aparente gravidade dos fatos em apuração, não somente manutenção de conta no exterior, mas corrupção, lavagem de dinheiro além de possíveis fraudes em financiamento político partidário, é certo que Maria Lúcia teria uma função subordinada no suposto esquema criminoso, sendo talvez desproporcional, neste momento, a decretação da preventiva”, escreveu Moro.

No despacho, o juiz determina ainda que a funcionária não poderá deixar o Brasil e mudar de endereço sem autorização judicial, e deverá comparecer a todos os atos do processo.

Conforme as investigações, Maria Lúcia, que atuava como secretária dos executivos da empresa, era responsável pela contabilidade paralela da Odebrecht, destinada ao pagamento de propinas. Alguns repasses da empresa, segundo a PF, foram direcionados ao marqueteiro João Santana, que, em conjunto com sua esposa, teria ocultado os recursos no exterior.

Soltura indefinida

No mesmo documento, Sergio Moro destaca que, como João Santana e Monica Moura foram presos um dia após a deflagração da 23ª fase da operação, pois estavam fora do Brasil, o prazo para extensão ou não da prisão só vence nesta quinta-feira (3). Ele escreve que, até lá, pretende aguardar a manifestação da PF e do MPF para tomar uma decisão sobre a questão.

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