• Carregando...
Lula e Geddel: acordo para manter o PMDB satisfeito e a base unida | Wilson Dias/ABr
Lula e Geddel: acordo para manter o PMDB satisfeito e a base unida| Foto: Wilson Dias/ABr

Gabeira diz ter "compromisso" com prostitutas

Rio de Janeiro - Folhapress

O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV) disse ontem que está "comprometido" com as prostitutas, em resposta aos ataques dos últimos dias do adversário Eduardo Paes (PMDB). Anteontem, o peemedebista havia acusado Gabeira de querer legalizar a profissão de cafetão.

"Nasci ao lado de uma zona boêmia e as prostitutas foram muito protetoras comigo. Depois eu as ajudei a se organizarem, as vi criando a Daspu (grife de roupas). Estou comprometido com elas e não com os cafetões", afirmou Gabeira.

Sobre as declarações polêmicas em torno do projeto de legalização da prostituição – apresentado por Gabeira em 2003 –, Paes negou que tivesse preconceito com as prostitutas e disse que "apenas expressou a opinião pessoal". No último domingo, foram distribuídos panfletos que associavam Gabeira a crimes sexuais no Rio. Apesar de ser adversário de Gabeira, Paes condenou a distribuição dos panfletos.

A ocupação de comunidades pobres por traficantes ou integrantes de milícias, tema que dominou o início da campanha carioca, voltou à discussão ontem, depois do assassinato do vereador Alberto Salles, do PSC. Os candidatos à prefeitura Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB) pregaram parcerias com os governos estadual e federal para combater a violência e as regras impostas pelo tráfico ou pelas milícias nas favelas da cidade.

Paes propôs ações conjuntas para levar principalmente educação, saúde e oportunidade para os jovens pobres. "A ausência do poder público faz com que o poder paralelo se apresente e se aproveite da miséria para se expandir nessas áreas. O traficante ou miliciano se aproveita dessa carência", afirmou o candidato do PMDB.

Gabeira sugeriu a união em torno de um "projeto de libertação da cidade", que gradativamente acabe com ações impostas pelo crime, como toque de recolher e obrigatoriedade de consumo de produtos em determinados estabelecimentos das comunidades. "O que diferencia o Rio de outras cidades onde há tráfico é a ocupação armada, que ameaça nossa soberania. O prefeito tem direito de colocar o pé em qualquer metro quadrado público da cidade e eu quero fazer isso", disse o candidato do PV.

Paes e Gabeira lamentaram e se disseram impressionados com a morte do vereador Alberto Salles. Durante o primeiro turno, o vereador disse ter recebido ameaças de traficantes quando tentava fazer campanha na favela Mundial.

O vereador Alberto Salles, de 36 anos, foi assassinado quando seguia pela Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ele estava num Santana preto, com adesivo da Câmara de Vereadores, quando foi interceptado por um Gol branco. O motorista do vereador também foi atingido por três tiros. O crime aconteceu às 9h30. Dois homens pararam o carro à frente do Santana do vereador. Um homem alto, de blusa preta e calça jeans desceu do veículo e fez os disparos ao lado do banco do carona, à queima-roupa. Nenhum dos tiros atingiu a lataria. Três tiros atingiram Salles no rosto e outros dois nos braços. O motorista José Natalino da Silva, de 44 anos, foi ferido de raspão por dois tiros e ficou com um projétil alojado num dos ombros. Para a polícia, o crime foi uma execução – a hipótese de assalto foi descartada, já que nada foi levado. Mas a motivação ainda não foi definida.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]