O Movimento Pró-Paraná prepara um documento para enviar aos parlamentares da bancada paranaense com propostas para a reforma política. A Carta do Paraná que conta com sugestões da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), da Federação do Comércio e Associação Comercial do Paraná deverá ser entregue ainda neste mês aos deputados e senadores do estado. "A ideia é sensibilizar Brasília por meio dos nossos representantes", diz o presidente do movimento Pró-Paraná, Jonel Chede.
A principal mudança defendida pelo grupo é a adoção do voto distrital misto. Por esse sistema, dois terços das vagas para deputados são ocupadas por meio de eleição majoritária nos distritos e um terço por meio da eleição proporcional, com votação em lista fechada. "Nós entendemos que o voto distrital misto é o mais indicado para o sistema democrático. Ele aproxima os eleitores do político, possibilitando uma maior cobrança e fiscalização", comenta Chede.
Ele destaca que a adoção da lista fechada deverá ser acompanhada pela ampliação da democracia nos partidos. "Só pode haver a lista se houver democracia interna, com eleições vigiadas pelos órgãos da Justiça Eleitoral", diz. "Com isso, você dará força ao partido e consolida a fidelidade partidária, a ideia de que o mandato é do partido e não do candidato", completa.
Dentro dessa linha de fortalecer os partidos, o Pró-Paraná também propõe a adoção da clausula de desempenho. Essa regra prevê que o partido tenha obtido, no mínimo, 5% dos votos para a Câmara dos Deputados para ter direito à estrutura de liderança nas casas legislativas, participação maior na distribuição do fundo partidário e do tempo de propaganda de rádio e tevê.
- Adoção de listas fechadas é rejeitada no Congresso
- Reforma via iniciativa popular
-
Congresso impõe derrotas ao governo, dá recado ao STF e reafirma sua autonomia
-
Humilhação e traições: derrota histórica de Lula no Congresso; acompanhe o Sem Rodeios
-
Governo Lula tem pior nível de aprovação desde o início do mandato, aponta pesquisa
-
É difícil fazer negócios aqui: ranking põe Brasil entre as economias mais complexas do mundo