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Uma medida provisória publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União abre crédito extraordinário de R$ 825.908.968 para Câmara, Senado, Presidência da República, Ministérios da Fazenda e Integração Nacional, estados, Distrito Federal e municípios. Desses, R$ 363 milhões são destinados à Câmara e ao Senado para pagamento do reajuste de 15% dado aos servidores do Legislativo este ano. O dinheiro também deve ser usado para pagar parte do salário extra pela autoconvocação.

O reajuste dos servidores exigiu um pedido de crédito extra pelo Congresso, já que não havia previsão de recursos no orçamento deste ano para garantir o pagamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou de todas as formas evitar o reajuste e chegou a vetá-lo em maio, mas três meses depois o Congresso derrubou o veto. Os servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) ficaram sem o reajuste porque o baixo quórum na sessão da Câmara de quarta-feira inviabilizou a derrubada do veto.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que vai devolver o dinheiro extra porque a Casa conseguiu reduzir gastos e remanejar recursos que garantiram o pagamento do reajuste. A Câmara também diz que promoveu corte de gastos que permitiram o pagamento de retroativos e o décimo-terceiro dos deputados e servidores, mas faltou dinheiro para o salário de dezembro. Maior aliado de Lula no PMDB, Renan entrou em confronto com o governo por causa da decisão da área econômica de recorrer, no Supremo Tribunal Federal, contra o reajuste e chegou a se recusar a comparecer a um almoço na Granja do Torto em outubro.

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